Fundos de renda fixa: taxa e IR impactam cada vez mais na rentabilidade
O Copom (Comitê de Política Econômica) do Banco Central reduziu, pela nona vez consecutiva, a Selic (taxa básica de juros), que agora está em 7,5% ao ano.
Com o corte da taxa básica, os fundos de renda fixa têm um retorno menor, assim como a caderneta de poupança, que com a Selic em 8% ao ano paga 70% da Selic mais TR (Taxa Referencial) ao ano.
Entretanto, a caderneta não cobra impostos e nem taxa de administração, o que faz com que a sua rentabilidade seja maior do que a dos fundos de renda fixa com taxas mais altas e prazo de aplicação mais curto (que resulta em um pagamento maior de Imposto de Renda). Por isso, a dica é pesquisar por fundos que ofereçam taxas mais baratas e se programar em relação ao resgate, para pagar menos imposto.
Para ilustrar, a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) efetuou cálculos do rendimento de fundos no cenário atual (com a Selic em 7,5% ao ano), levando em consideração diferentes prazos para resgate e taxas de administração.
A entidade elaborou duas tabelas para a comparação: uma considerando a rentabilidade dos depósitos antigos na caderneta de poupança (feitos até 3 de maio), de 6,17% ao ano mais TR, e outra considerando novos depósitos, com a regra nova: 70% da Selic mais TR. Nos casos em que a rentabilidade do fundo está na cor verde, a remuneração é maior do que a poupança. Quando a rentabilidade estiver em vermelho, a poupança é mais vantajosa e em preto, os dois têm o mesmo rendimento.