Ceará formaliza um novo empreendedor a cada 10 minutos

Posted by Clayton Teles das Merces on 28 março 2012 in Sem categoria |

Aumento proporcional de registros foi maior que o nacional. Meta para o ano é chegar a 80 mil registros

A formalização de empreendedores individuais (EI) no Ceará está em ritmo acelerado. Nos primeiros 86 dias do ano, 12.724 pessoas se formalizaram no estado. A cada dia, 148 trabalhadores por conta própria obtiveram o registro, o que significa que, a cada dez minutos, um cearense passou a exercer suas atividades legalmente.

Do começo do ano até o dia 26 março, o número de EI registrados no Ceará saltou de 55.902 para 68.626 – um crescimento de aproximadamente 22%. O desempenho da unidade federativa foi superior à média nacional. No Brasil, a quantidade de EI subiu de 1.895.533 para 2.220.343, um incremento de 17%. As informações são da base de dados da Receita Federal.

Na opinião do superintendente do Sebrae no Ceará, Carlos Cruz, o fato deve ser comemorado por todas as entidades envolvidas na divulgação do empreendedorismo. “Fizemos um esforço muito grande junto às prefeituras para regulamentar a Lei Geral em nível municipal. Conseguimos implantar a legislação em 140 das 184 cidades do estado. Até o fim do ano, pretendemos universalizar a norma chegar e, no mínimo, a 80 mil empreendedores individuais”, anuncia.

Segundo o superintendente, a formalização abre os horizontes dos profissionais. “Estimamos que haja entre 400 mil e 700 mil informais no estado. Imagine um borracheiro na estrada. De um quadro sem perspectiva, ele passa a ter inserção econômica e um horizonte previdenciário que antes não ele tinha. Se acontecesse algo com ele, a família ficaria desamparada”, explica.

Para Carlos Cruz, além do benefício individual, o EI colabora para movimentar a economia e ampliar a arrecadação de tributos. “Ele passa a fazer parte efetivamente da economia, com participação no arcabouço do desenvolvimento de seu município, estado e país”, comenta. Cruz ainda lembra que os negócios do EI podem prosperar e elevá-los à categoria de micro empresa.

A confeiteira Auricélia Soares, 41 anos, segue esse caminho. Ela se formalizou em 2010 e a atividade cresceu tanto que ela já se organiza para registrar o seu negócio como uma microempresa. “Como não tinha nota fiscal, não podia vender para pessoas jurídicas. Além disso, eu só podia comprar em grande quantidade alguns produtos se tivesse Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Na informalidade, eu trabalhava insegura e comprava mais caro”, lembra. Hoje, Auricélia produz cerca de 200 bolos por mês e aproximadamente 12 mil salgados, mas quer mais. “Trabalho em casa. Quero abrir uma loja e contratar mais gente. O meu bairro está crescendo e muitas oportunidades estão surgindo”, comemora.

Copyright © 2011-2024 Escrita Contabilidade All rights reserved.
This site is using the Desk Mess Mirrored theme, v2.5, from BuyNowShop.com.