RAIS: Entenda a importância de ficar em dia com esta obrigação

Posted by Clayton Teles das Merces on 25 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

Toda instituição que possui CNPJ é obrigada a declarar a RAIS, e aquelas que não possuem empregados devem preencher a chamada RAIS NEGATIVA. Mas o que exatamente é a RAIS e por que ela é tão importante para o país? Quando surgem as dúvidas, a aposta certa é manter-se sempre informado para guiar seus clientes com segurança pelo processo. Acompanhe nosso artigo e fique por dentro de todos esses pontos. Confira:

O que é a RAIS e como ela surgiu?

A RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) é um documento de grande relevância. Trata-se de um registro administrativo anual, com foco em compensar a necessidade de informações, controles e estatísticas do governo na área social.

Foi instituída inicialmente como apenas mais um registro administrativo, no Decreto 76.900 de 23/12/1975. Com a sua evolução passou a ganhar maior destaque e a RAIS possui agora três objetivos principais:

satisfazer as necessidades de controle da atividade trabalhista no país;

prover dados para a elaboração de estatísticas do trabalho;

disponibilizar informações do mercado de trabalho às entidades governamentais.

As informações obtidas a partir da RAIS fornecem dados importantes para o atendimento das necessidades:

da legislação da nacionalização do trabalho;

de controle dos registros do FGTS;

dos Sistemas de Arrecadação e de Concessão de Benefícios Previdenciários;

de estudos técnicos de natureza estatística e atuarial;

de identificação do trabalhador com direito ao abono salarial PIS/PASEP.

Pagamento do abono salarial

A declaração é utilizada como base de cálculo do abono salarial do trabalhador. Motivo pelo qual exige uma enorme precisão das informações, pois o empregador pode ser responsabilizado caso seu colaborador possa ter perdas em decorrência de dados incorretos.

Para assegurar o cuidado com essas informações, foram instituídas punições para quem não cumprir o seu envio.

Multa e penalidade pelo não envio da RAIS

Conforme citamos anteriormente, o envio dos dados da RAIS é obrigatório para todos que possuem CNPJ e o não cumprimento desse processo pode resultar em uma multa. Além disso, a pendência dessas informações pode causar uma ação de fiscalização do Ministério do Trabalho.

Ainda referente às penalidades, é importante destacar que o pagamento da multa não isenta o empregador do envio correto das informações requeridas.

Transmissão eletrônica dos dados

Os contadores e escritórios de contabilidade devem enviar os dados através da transmissão eletrônica dos dados. A vantagem em ter um sistema para controle e gerenciamento dos dados da área contábil, tributos e folha de pagamento é que a RAIS aceita a importação direta dos arquivos gerados por esses sistemas — o que simplifica o trabalho e todo o processo, restando ao profissional apenas a conferência dos dados.

Vale lembrar que as empresas devem declarar todos os funcionários que pertencem ao seu grupo de empregados, independentemente do estabelecimento ou local onde prestam serviço. Portanto, profissionais contábeis devem orientar seus clientes a ficarem atentos aos detalhes.

A RAIS é uma importante ferramenta para a realização correta das normas legais e também serve para o acompanhamento do mercado de trabalho formal e suas estatísticas.

Serviços de contabilidade com valor agregado

Posted by Clayton Teles das Merces on 25 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Tecnologia da Informação T.I with Comments closed |

Com o uso do certificado digital mais presente nas operações contábeis, além da diminuição de gastos relacionados à compra, impressão e armazenamento de papel, deslocamento do contador e de mão de obra – com a melhoria da eficiência operacional -, é possível aos escritórios de contabilidade oferecer aos clientes um serviço com valor agregado.

Com as inovações tecnológicas, os contadores deixarão de processar documentos e informações e atuarão mais no lado consultivo, porque as informações necessárias já estão digitalizadas. E já se percebe uma mudança no perfil dos escritórios, pelo menos nos de maior porte, como é o caso da DIRETO Contabilidade, Gestão e Consultoria.

Com 12 funcionários e uma carteira com dezenas de clientes, a Escrita Contabilidade, informa seu diretor Alex José de Paula, conta com um braço de consultoria. “Com a utilização do certificado digital, ganhamos tempo para aprimorar a prestação de serviços contribuindo com outras informações para ajudar os clientes na gestão de seus negócios. Fazemos análises mais detalhadas, como em que operações se ganha, se perde ou se gasta mais dinheiro e o que precisa melhorar na gestão.”

Desta forma, as empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, conseguem, por meio de relatórios, identificar seus pontos fracos e fortes e atuar com foco para melhorar sua performance. “Nós preparamos o negócio para que ele tenha um crescimento sustentável. A crise está trazendo muitos clientes em busca de consultoria. Como temos o olhar de fora da empresa, podemos ajudar a ver sua real situação, dar sugestões e acompanhar as ações até um ajuste.”

Alex acrescenta que, com o uso do certificado digital, há uma mudança até no perfil do funcionário do escritório de contabilidade. “Atualmente, temos menos processadores de dados, porque conseguimos importar muitas informações e agregamos mão de obra com senioridade maior para a consultoria.”

Governo reajusta MEI e encerra distribuição de boleto

Posted by Clayton Teles das Merces on 20 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

Os mais de 5,5 milhões de microempreendedores individuais formalizados no Brasil devem se atentar para duas novidades que já começam a vigorar agora no início do ano: o reajuste no valor da contribuição mensal e a forma de pagamento do boleto que não será mais enviado para a casa.

Com o novo valor do salário mínimo, a contribuição mensal do microempreendedor individual (MEI) sofreu um reajuste que já começa a valer agora em fevereiro. O Documento de Arrecadação Simplificada (DAS) teve reajuste nos valores que agora passam ao valor fixo mensal de R$ 45,00 (Comércio ou Indústria), R$ 49,00 (Prestação de Serviços) ou R$ 50,00 (Comércio e Serviços).

Os valores do DAS correspondem a 5% do salário mínimo, acrescido de mais R$ 1,00 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ) e/ou mais R$ 5,00 de ISS (Imposto sobre Serviços). Uma outra mudança que o empresário precisa ficar atenta é que os boletos pararam de ser enviados para a casa e, para efetuar o pagamento da DAS, é necessário que o MEI volte a imprimir a guia no sitehttp://www.portaldoempreendedor.gov.br/.

O pagamento mensal dos tributos deve ser efetuado até o dia 20 de cada mês. “É muito importante que o MEI fique atento e mantenha seus pagamentos dos tributos em dia, já que o atraso ou não pagamento dos boletos mensais podem ocasionar a suspensão dos benefícios previdenciários. Para ajudar o MEI a estar em dia com seus deveres, o SEBRAE lançou o QIPU, um aplicativo gratuito que emite alertas para o pagamento”, destaca Nelson Hervey Costa, gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae-SP.

Para quem tem dúvida sobre os novos valores, forma de pagamento e outras questões referentes ao MEI, o Sebrae-SP disponibiliza consultores especializados em seus canais de atendimento: pelo 0800 570 0800, site (www.sebraesp.com.br) , nas Salas do Empreendedor instaladas em vários municípios ou pelo atendimento nos 33 Escritórios Regionais e demais pontos de atendimento espalhados em todo o Estado de São Paulo.

Além da contribuição mensal, o MEI também precisa enviar já no início do ano a Declaração Anual Simplificada (DASN), referente ao ano-calendário anterior. Nela é necessário declarar todos os itens de faturamento anual (Receita Bruta Total), o valor das receitas referentes a comércio, indústria ou serviço intermunicipal e se houve a contratação de funcionário. O prazo final para a entrega da DASN é 31 de maio.

Cuidado! Seu estoque pode acabar com a sua empresa

Posted by Clayton Teles das Merces on 20 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral with Comments closed |

Recordo que, em uma viagem de férias, parei em um pequeno comércio de cidade do interior da Bahia para tomar um refrigerante e descansar após dirigir quilômetros sob um sol de verão. Nunca esquecerei a simplicidade do dono do estabelecimento, que foi me mostrar orgulhoso seu estoque, e enfatizou seus investimentos para garantir a “vida” de sua pequena empresa.

Ao entrar, tive uma surpresa: a quantidade de mercadoria era muito maior do que o fluxo de venda aparente do pequeno comércio. Logo, perguntei sobre isso e também sobre a quantidade de produtos descartados devido à baixa saída comercial. O semblante daquele humilde homem mudou e sua expressão demonstrou preocupação com os descartes de mercadorias e com os relatos de eventuais prejuízos.

A partir dessa história, retomo a afirmação de que a logística pode ser uma “santa ajuda” e uma estratégia para a integração dos processos de toda a cadeia produtiva. Se bem planejada, a logística ajuda no aumento da lucratividade dos negócios, principalmente as pequenas empresas. Não podemos esquecer que o mundo dos negócios é incerto, sendo necessário um olhar contínuo com foco para o estoque.

O descuido do estoque pode trazer consequências negativas para qualquer empresa. Os processos produtivos são integrados, sendo a área comercial e de marketing responsáveis por aumentar as vendas; a área de logística pela redução de custos para aumentar os lucros; e, para que isso ocorra, é necessária uma administração que atenda tanto a produção (materiais) quanto a entrega de produtos acabados ao cliente final.

Administrar bem o estoque é garantir que as informações sejam exatas sobre todos os itens e seus valores (monetários) para prevenir possíveis incertezas de demandas. Para tanto, uma ação faz-se necessária: a organização tem que ser precisa e com fluxos que facilitam

tanto a entrada e a armazenagem de novos materiais como a saída de produtos acabados para atender os clientes.

Agora, a partir desse olhar interno, quando descubro que tenho estoque demais, o que devo fazer?

Retomo a conversa com seu Roberto (o pequeno empreendedor da Bahia), que ouviu com atenção as minhas sugestões:

1) Faça uma categorização dos produtos, caracterize-os em níveis de entradas e/ou saídas e seus respectivos volumes;

2) Crie uma estimativa financeira de valores monetários para cada item a fim de descobrir qual é o valor do estoque atual;

3) Evite a perda de vendas, garanta uma assertividade no nível de serviços, busque aumentar o tíquete médio de vendas, a partir de pequenas ações de marketing e promoção;

4) Crie ferramentas de controle de estoque (entrada e saída) a partir de uma base de dados (pode ser um planilha em Excel) para efetivar o processo de compra e reposição de novos materiais.

Com essas simples dicas o Seu Roberto entendeu que nos dias atuais um estoque volumoso não é sinônimo de capital investido e sim de dinheiro parado, visto que as necessidades dos clientes mudam e a diversidade de produtos é ofertada de maneira cíclica. É necessário criar uma parceria com seus fornecedores para prever possíveis demandas de compras. Administrar estoque é entender a necessidade de equilíbrio entre fornecedor e cliente, sendo o empreendedor um mediador desse processo.

Inicie imediatamente um inventário do seu estoque a partir da máxima de “nem mais, nem menos, apenas o ideal”.

Regras para emissão de decore passam a valer no primeiro semestre de 2016

Posted by Clayton Teles das Merces on 20 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral with Comments closed |

A ampliação do número de documentos válidos para a emissão da Decore e a informação de que as declarações emitidas ficarão disponíveis para a Receita Federal estão valendo desde o dia 1º de janeiro de 2016

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou, em novembro, Resolução alterando regras para emissão da Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore).

Duas das mudanças – a necessidade de fazer upload no ato de emissão da declaração e a utilização da certificação digital para a emissão do documento – só entrarão em vigor em abril, segundo deliberação do Tribunal Superior de Ética e Disciplina do CFC nº 029/2015, aprovada em 10/12/2015.

Segundo o vice-presidente de Ética, Fiscalização e Disciplina do CFC, Luiz Fernando Nóbrega, a decisão de prorrogar a vigência de partes da Resolução foi necessária para permitir que os profissionais consigam se adequar. “Optamos por prorrogar as duas mudanças operacionais mais relevantes da Resolução, que alteram profundamente ao dia a dia do profissional da contabilidade para que eles possam se adaptar melhor às novas normas. Desde a publicação da Resolução temos recebido inúmeros questionamentos e vimos a necessidade de fazer uma campanha maciça de comunicação para os profissionais”.

A Resolução aprovada em novembro traz também ampliação do número de documentos válidos para a emissão da Decore e a informação de que as declarações emitidas ficarão disponíveis para a Receita Federal. Essas já passam a valer a partir de 1º de janeiro de 2016. “A disponibilização da Decore para a Receita Federal é uma segurança para o profissional da contabilidade, que terá mais subsídios para responder negativamente caso um cliente peça uma declaração sem o correto embasamento legal”, reforça Nóbrega.

As situações em que as Decores podem ser emitidas estão na Resolução 1.492/2015. Os documentos válidos para embasar as emissões estão disponíveis no anexo II da Resolução.[…]

Lucro bruto x lucro líquido: fique por dentro de cada um

Posted by Clayton Teles das Merces on 19 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral with Comments closed |

Algumas questões contábeis, como a determinação de lucro bruto e lucro líquido, podem parecer um pouco complexas e confusas inicialmente. Isso acontece porque, muitas vezes, as pessoas não conhecem alguns conceitos básicos e pré-requisitos para a boa compreensão e utilização desses termos. Uma vez que a análise de lucro bruto e lucro líquido é um importante indicador da saúde de um empreendimento, erros não podem ser cometidos sob o risco de elaboração de um planejamento baseado em dados não condizentes com a realidade de uma empresa.

Confira abaixo tudo que você precisa saber para determinar o lucro bruto e o lucro líquido de sua empresa e como calculá-los!

Lucro bruto

Para compreender o que é este termo é preciso ter em mente os conceitos de custos variáveis e receita total. Custos variáveis são todos aqueles que variam de acordo com a quantidade produzida. Ex: se uma padaria produz 1000 pães, seu custo com farinha de trigo é X. Se ela produzir 100 pães, seu custo com farinha de trigo é Y, porém, inferior ao último caso. Se essa mesma padaria opta por não produzir nenhum pão, seu custo com farinha de trigo será zero — supondo que essa hipotética padaria produza apenas pães. Dessa forma, o valor gasto com farinha de trigo é um custo variável, pois ele depende diretamente da quantidade de pães que a padaria decide produzir. Já a receita total pode ser compreendida como o produto entre o preço do bem ou serviço em questão e a quantidade de vendas desse mesmo bem ou serviço. Em forma de equação matemática: Receita Total = Preço x Quantidade.

Sendo assim, e agora de forma muito mais simples, lucro bruto se trata da diferença entre receita total e custos variáveis, ou seja: Lucro Bruto = Receita Total – Custos Variáveis.

Lucro líquido

Assim como no tópico anterior, para a compreensão deste termo é necessário primeiramente conhecer, além dos conceitos apresentados no tópico anterior, os conceitos de custo fixo e custo total. Custos fixos são todos aqueles que não dependem da quantidade produzida. Ex: voltando ao caso da padaria, independentemente desta optar por produzir pães ou não e de qual será a quantidade produzida, no final do mês ela terá de pagar os salários de seus funcionários, seu aluguel, etc. Dessa forma, os valores gastos com salários e aluguel, por exemplo, são custos fixos, pois eles não dependem da quantidade de pães produzidos.

E o custo total, assim como o próprio nome diz, se trata da simples soma de todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, como farinha de trigo, aluguel e salários. Em forma de equação matemática, ficaria: Custo Total = Custos Fixos + Custos Variáveis. Vale ressaltar que alguns impostos assumem a forma de custos fixos, como o IPTU, por exemplo, e outros assumem a forma de custos variáveis, como o ICMS.

Por fim, o lucro líquido se trata da diferença entre a receita total e custo total, ou seja, Lucro Líquido = Receita Total – Custo Total.

Entenda por que o eSocial dá tanta dor de cabeça

Posted by Clayton Teles das Merces on 19 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo, Sped with Comments closed |

Donos de casa não precisam de detalhes: eles sabem das dores de cabeça trazidas pelo eSocial, sistema criado pelo governo para unificar encargos sobre o pagamento de empregados domésticos. A dúvida fica em por que um sistema de conceito avançado e que tinha a promessa de facilitar a vida do empregador apresenta tantas falhas e ainda está incompleto três meses depois de lançado. De pouco tempo para desenvolvimento a muita gente envolvida, os problemas já fizeram a Receita Federal adiar prazos e ser obrigada a se explicar a cada nova atualização.

Os problemas podem ter começado antes mesmo do desenvolvimento. O eSocial foi criado não somente para empregadores domésticos, mas para gerir e simplificar pagamentos de encargos de todos os empregados formais, de todos os setores. Na verdade, o plano inicial do governo federal era disponibilizá-lo para os grandes contribuintes primeiro. A prioridade mudou com a lei que criou o Simples Doméstico. “A ordem de prioridade foi alterada por imposição legal, e a partir de junho de 2015, foi iniciado o planejamento e o desenvolvimento do sistema, adequando-o para esse tipo de empregador”, informou a Receita em nota ao JC.

Com isso, foram apenas quatro meses para desenvolver uma aplicação que teria mais de um milhão de usuários, em sua esmagadora maioria empregadores ainda leigos nesse tipo de sistema, além de ser uma plataforma que movimentaria informações de pelo menos a mesma quantidade de cadastros, o dos empregados. Tudo isso mexendo com bancos de dados de quatro órgãos federais: Receita, INSS, Caixa Econômica e Ministério do Trabalho. A presença dessas instituições também implicou na participação de profissionais de todas elas no planejamento, produção e manutenção da aplicação, embora a operacionalização desse conjunto de ações tenha sido feita pelo Serpro, estatal federal para desenvolvimento de sistemas.

A Receita – à frente dos posicionamentos sobre o assunto – afirma que quatro meses foram suficientes para desenvolver o sistema. “Os testes foram ocorrendo durante o processo de construção”, assegura o órgão, ao citar a metodologia chamada de “Ágil”. Entretanto, desde o lançamento, em novembro, as falhas acompanham as notícias sobre o eSocial. Tanto que, depois de ser adiado o prazo limite para cadastro de empregados, a data do primeiro vencimento do Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) de 6 para 30 de novembro do ano passado, mesmo depois de a Receita garantir que essa prorrogação não ocorreria.

A partir daí, atualizações foram sendo inseridas praticamente dias antes dos vencimentos a que estavam relacionadas, como a do 13º salário: essa folha de pagamento foi liberada somente em 1º de dezembro, 10 dias depois de o empregador já ter entregue o dinheiro ao empregado e sete dias antes do vencimento. Até hoje, não é possível fazer a rescisão contratual via eSocial: é preciso fazer via Caixa Econômica e pagar o FGTS por fora. Faltam também parte das funcionalidades das férias e do salário família, além do desconto de faltas. A Receita considera que o volume de erros está “em um limite aceitável”.

Sem opção sequer para pedir ajuda, já que não foi criado nenhum canal específico de dúvidas para o eSocial nos órgãos, muitos usuários recorrem a serviços como o Legalizar Doméstica e o Lalabee. “O sistema que deveria ser simples ainda é muito confuso e gera muitas dúvidas. O patrão pena para conseguir manter as contas em dia”, comenta o sócio da Lalabee, Ricardo da Ponte. Ele lembra dos problemas mais recentes, quando não era possível entrar na folha do 13º de 2015 no dia 1° de janeiro deste ano – e o usuário era levado pra a folha de 2016. Depois, o INSS do 13º foi gerado em uma guia separada, causando ainda mais dúvidas nos usuários.

Diretora da Legalizar Doméstica, a contadora Luciana Peres conta que é preciso fazer ajustes “manuais”. “Vi que o cálculo estava errado e fiz ajustes manuais nos valores para o sistema aceitar. A cliente teve que pagar R$ 10 a mais, mas preferiu isso a ficar atrasada com o DAE”, conta Luciana. Ela afirma ainda que procurou a Receita sobre o caso e se surpreendeu com a resposta. “A pessoa que me atendeu me agradeceu e disse que eu havia ajudado a entender como contornar essa falha”, conta Luciana.

FALTA DE PLANEJAMENTO

Mesmo afirmando que os quatro meses foram suficientes para desenvolvimento do sistema, questionada pelo JC sobre a quantidade de erros apresentada até agora, a Receita respondeu que “devido ao curto espaço de tempo para desenvolver um sistema com alta complexidade e criticidade (…) o sistema apresentou pouquíssimos erros, principalmente na fase inicial de implantação”. Ainda de acordo com o órgão, erros “foram corrigidos rapidamente”.

Para o professor da Unicap Antonio Luiz Cavalcanti, CEO da Smart Educational Services, sistemas do porte do eSocial correm grande risco de acumular “débitos técnicos” (technical debts). “Quanto mais interação humana, mais complexo é um sistema”, comenta o especialista. Os “débitos técnicos” são uma metáfora utilizada em tecnologia da informação para se referir a consequências de lacunas deixadas ao longo de todo o processo, do planejamento ao desenvolvimento, que vão acumulando “juros sobre juros” e gerando um passivo de erros que geram custos para serem consertados. Desse modo, quanto mais se adia o aprimoramento do sistema, maior o prejuízo. Para situações como a do eSocial, Cavalcanti acredita que podem ter havido falhas desde o planejamento e atacá-las de forma isolada não é suficiente. “É preciso reprojetar o que for necessário.”

Já o diretor da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Luiz Benedito, pontua também questões estruturais internas da Receita para o problema, como restrições em liberações de diárias para auditores para viagens a trabalho e treinamentos insuficientes e instáveis via teleconferência. “Em uma delegacia pequena, com cerca de 40 auditores, só um ou dois têm noção”, relata.

A Receita informou, ainda, que até agora foram implantadas quatro atualizações e, ao responder sobre quantas ainda faltavam, relatou que “como o sistema está em um contínuo processo, visando atender da melhor forma possível toda a sociedade Brasileira, iremos implantar quantas versões forem necessárias para que o eSocial cumpra a sua missão institucional”. De todo modo, resta aos empregadores domésticos se manterem como testadores do eSocial, uma vez que o uso por parte das empresas já foi adiado diversas vezes e não há previsão por parte da Receita para que esses módulos sejam lançados.

25 mil mudanças nas regras do ICMS

Posted by Clayton Teles das Merces on 19 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

Somente no ano passado foram observadas 24.627 mudanças na legislação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) das 27 unidades da federação brasileira, segundo comparativo feito pela Systax, empresa de inteligência fiscal, organizadora de um acervo inédito de 2,3 milhões de regras tributárias. A companhia considerou o cadastro de produtos de um supermercado com 20.871 itens, que reflete uma empresa de porte médio, bastante comum em todo território nacional. Alterações de redução da carga tributária também foram analisadas, bem como medidas de adoção da substituição tributária.

Paraná foi o campeão

Ainda de acordo com a Systax, foram detectadas 563.517 situações nos estados e Distrito Federal, das quais foram observadas 24.627 mudanças, o que demonstra que o primeiro semestre foi um período agitado. O Paraná foi o estado que mais sofreu alterações, responsável por 46% do total, seguido pelo Rio de Janeiro (31%) e Bahia (15%). O motivo para tamanha mudança se deve ao fato da alteração da alíquota para os produtos alimentícios, que basicamente sofreram majoração de 12% para 18%. Já no Ceará, Mato Grosso e Rondônia não houve mudanças.

Alta do tributo para fazer caixa

Mudar a alíquota do ICMS é a forma mais básica para aumentar ou reduzir o ônus tributário. A medida abrangeu 6.546 casos, todos com o objetivo de aumentar a carga tributária e restritos ao Paraná. “Com o levantamento, evidenciamos situações de aumento da carga tributária e percebemos que a majoração da alíquota do ICMS, de 12% para 18%, motivou a maioria dessas mudanças, o que nos leva a concluir que os estados também se articularam para enfrentar o novo ambiente econômico”, diz o diretor da Systax, Fábio Rodrigues.

Valor mensal pago pelo MEI será reajustado

Posted by Clayton Teles das Merces on 19 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral with Comments closed |

Com o aumento do salário mínimo para R$ 880, oMicroempreendedor Individual  (MEI) terá um novo valor mensal a ser pago em boleto. A quantia a ser paga será acrescida de R$ 4,6.

Assim, o Documento de Arrecadação Simplificada (DAS) passa a corresponder ao valor fixo mensal de R$ 45 (comércio ou indústria), R$ 49 (prestação de serviços) ou R$ 50 (comércio e serviços). O reajuste passa a valer no boleto de fevereiro.

O cálculo do DAS corresponde a 5% do salário mínimo, a título da Contribuição para a Seguridade Social, mais R$ 1 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e/ou R$ 5 de Imposto sobre Serviços (ISS).

Por meio do site da Receita Federal é possível acessar e imprimir os boletos para pagamento.

O pagamento mensal dos tributos devidos pelo MEI deve ser efetuado até dia 20 de cada mês, passando para o dia útil seguinte quando a vencimento ocorrer no final de semana ou feriado.

É importante ressaltar que o MEI não é obrigado a se filiar a nenhuma instituição ou pagar boletos enviados pelo correio, e-mail ou SMS por instituições, associações e/ou sindicatos.

Como construir a identidade do meu escritório contábil?

Posted by Clayton Teles das Merces on 12 janeiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral with Comments closed |

Ter uma identidade própria é algo essencial para qualquer empresa, independentemente da sua área de atuação. Afinal, é por meio dela que as pessoas se lembrarão da marca e poderão escolhê-la — e até indicá-la — diante de tantas opções.

Por esse motivo, o branding (e, consequentemente, a identidade) é muito importante e os empreendedores estão começando a dar o valor que ele merece. É o trabalho de construção da imagem e identidade da corporação diante do mercado e, quando é bem feito, o negócio se fortalece.

Quer aprender a construir a identidade do seu escritório contábil? Então confira o post de hoje:

Construa seu logotipo

O primeiro passo para acertar no branding para escritórios é construindo um logotipo poderoso. Ao estruturar sua empresa, separe capital para contratar um bom designer, afinal, é por causa desse serviço que as pessoas verão efetivamente o seu empreendimento e se lembrarão dele. Além disso, é interessante fazer uma pesquisa de mercado para fugir das imitações — qualquer semelhança excessiva pode ser mal interpretada.

O design do logotipo precisa estar em consonância com o seu público-alvo e suas estratégias de marketing, pois ele é a vitrine visual da personalidade e dos ideais de uma companhia. É preciso expressar com nitidez e autenticidade a sua história para os clientes, da maneira mais assertiva e autêntica possível.

Você pode optar por utilizar um símbolo que represente a empresa ou adotar apenas uma tipografia. Existem bons exemplos para ambos os casos, como a TV Globo ou a Coca-Cola, respectivamente. Também é possível mesclar esses elementos, mas o importante é que ambos sejam marcantes e fáceis de identificar quando vistos. O uso das cores também ajuda a mostrar como a marca quer ser vista, por exemplo, azul transmite mais seriedade e o vermelho, por sua vez, força e poder.

Na hora de definir a identidade visual, é preciso pensar em como essa marca pode ser aplicada tanto em documentos oficiais da empresa, quanto em outros elementos, como na decoração do espaço físico, site e perfis em redes sociais. As cores da empresa devem ser respeitadas nessa construção para que tudo fique uniforme e coerente, o que ajuda bastante na identificação do público.

Invista no marketing contábil

Investir no marketing contábil também é uma atitude essencial para criar a identidade do seu escritório. As principais ações nesse setor devem envolver a internet, especialmente se você não tiver muito dinheiro para investir. O site oficial é um bom começo: crie conteúdo próprio, que sirva para facilitar o entendimento dos clientes sobre seu negócio. O mais importante, além de ter um endereço virtual, é que ele consiga manter a identidade visual da empresa no mundo físico. Se seu escritório busca se comunicar de maneira sóbria e direta, por exemplo, isso terá que ser seguido no seu site.

Hoje em dia, o site é a porta de entrada de muitos clientes para o seu escritório de contabilidade, portanto, não deixe de investir em uma página bem estruturada e convidativa, com informações claras e precisas sobre a sua atividade. Invista no design responsivo para que o seu site funcione perfeitamente em dispositivos mobile, cuide dos elementos gráficos para que eles sejam leves e carreguem rapidamente, e desenvolva um conteúdo exclusivo e focado nos seus objetivos de negócio.

Quanto mais enxuto for o seu site, mais facilmente os visitantes encontrarão as informações, portanto, seja assertivo ao criar páginas, tópicos, menus e títulos. Por exemplo, você pode ter uma aba “quem somos”; uma “serviços”; uma que direcione para o blog, com o título “blog”; e outra para contato. Tudo o que for além disso passa a ser supérfluo, a gerar mais demora no carregamento do site — e mais impaciência no visitante.

A presença nas redes sociais também é importante, pois isso proporciona ao seu público mais um canal de comunicação com seu negócio. Além disso, essas mídias são ótimas para saber o que é falado sobre o empreendimento e até sobre a concorrência. Crie um perfil oficial em cada rede relevante para sua área de atuação e busque desenvolver boas estratégias de comunicação com esse público.

Ao comunicar os atributos da sua marca com qualidade, o marketing consegue despertar confiança, credibilidade e carisma tanto nos seus clientes, quanto nos seus potenciais clientes (leads). Mais seguros sobre como a sua empresa atua, esses leads e clientes procuram pelo seu escritório de contabilidade com mais frequência, o recomendam para outras pessoas e atuam como verdadeiros formadores de opinião sobre os seus serviços.

O marketing ajuda ainda a destacar os seus diferenciais, como atendimento personalizado e na casa do cliente; um aplicativo de acompanhamento de processos que você oferece; o know how da sua equipe de contadores; preços e formas de pagamento facilitadas; entre outros.

Fortaleça a sua identidade: Especialize-se

Outra forma de trabalhar a identidade do seu escritório é especializando-se em uma áreae construindo o seu branding em cima disso. Afinal, esse é um jeito de fazer com que sua empresa seja sempre lembrada quando houver algo relacionado ao setor com o qual você está particularmente familiarizado. Isso também contribui para traçar estratégias de marketing mais precisas, bem como para uma prospecção mais eficaz. Porém, lembre-se: quando você for criar a identidade visual, ela precisa ser condizente com a suaespecialidade.

Você pode encontrar uma fatia de mercado para que sua empresa torne-se referência e, assim, conquiste mais espaço. Essa, aliás, é uma das grandes vantagens de ter umescritório contábil com um foco específico: a credibilidade. Afinal, você vai atender um nicho e poderá se tornar especialista na área, gerando indicações entre aqueles que fazem parte do seu público. E como fazer isso? O primeiro passo é conhecer bem a sua empresa e o mercado. Avaliar o que cada concorrente tem desenvolvido e onde você pode encontrar uma brecha para mostrar sua eficiência e seu diferencial.

Um dos primeiros passos para a construção da sua marca e identidade é a definição do público-alvo. É a partir dessa informação que você vai definir todas as ações que serão desenvolvidas, como logotipo e uso de fontes, cores, etc. Cuidar bem da identidade do seu escritório é o maior bem que você pode fazer para sua empresa de contabilidade. Ela ajuda a se posicionar no mercado e traz resultados perenes, facilitando sua vida por muito tempo.

Copyright © 2011-2025 Escrita Contabilidade All rights reserved.
This site is using the Desk Mess Mirrored theme, v2.5, from BuyNowShop.com.