Banco menor oferece retorno mais alto para investimentos

Posted by Clayton Teles das Merces on 24 fevereiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

Planejar o futuro dos filhos pode ficar mais fácil se os pais conseguirem negociar taxas de retorno melhores para suas aplicações.

Uma alternativa para isso é buscar instituições financeiras menores que, para atrair clientes e compensar o risco dos investidores, têm oferecido rendimentos que podem chegar a 116% do DI (taxa de empréstimo entre bancos) —retorno difícil de se encontrar em grandes bancos.

No início do mês, 12 bancos e financeiras lançaram o site Poupa Brasil. Nele, é possível pesquisar os títulos e comprar papéis de R$ 1.000 a R$ 100 mil sem a necessidade de passar por uma corretora. O investidor faz apenas uma transferência bancária para a instituição, afirma o CEO do site, Cláudio Ferro.

Os títulos são RDBs (Recibos de Depósitos Bancários), bem parecidos com CDBs (Certificados de Depósitos Bancários). A diferença é que os primeiros não podem ser negociados e transferidos para outros investidores.

Os prazos dos RDBs vão de 180 dias a quatro anos e as taxas de retorno podem variar de 105% a 116% do DI, de acordo com o tempo de duração do investimento.

O investidor, no entanto, só terá a taxa de retorno prometida caso fique com o RDB até o vencimento. Se resgatar parcialmente o valor antes do prazo, o recurso retirado terá rendimento menor.

“A aplicação em RDBs pode ser uma boa opção para o pequeno investidor, desde que ele não concentre as aplicações só nesse produto”, afirma Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper.

Segundo ele, esses investimentos concorrem com os títulos públicos do Tesouro Direto. “Uma opção seria diversificar a carteira também com títulos públicos e outros produtos de renda fixa para reduzir o risco”, afirma.

RISCOS

Os títulos de bancos menores contam hoje com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para aplicações de até R$ 250 mil –o valor é calculado por CPF e emissor.

Com isso, o risco de quebra da instituição–e consequente prejuízo para o investidor– é praticamente descartado, segundo o planejador financeiro Roberto Seidel.

“Para não ficar desprotegido, o investidor pode dividir o dinheiro em títulos de bancos diferentes e cujo valor somado ao rendimento que receberia não supere R$ 250 mil.”

É preciso, porém, ter o cuidado de confirmar se o banco ou financeira é associado ao FGC. A informação pode ser conferida no site do Fundo (www.fgc.org.br).

PERSONALIZADO

Se conseguir taxas melhores, o investidor pode alterar os parâmetros da calculadora elaborada pelo economista e professor da FGV Samy Dana. Basta clicar no botão “personalize sua simulação”.

É possível, assim, mudar a taxa de administração do investimento e taxa de retorno do CDB, além da projeção de inflação e da taxa de juros para o período considerado.

Com uma aplicação inicial de R$ 1.000 e investimentos mensais de R$ 500 por dez anos, por exemplo, o investidor que conseguir negociar uma taxa de retorno de 101% do DI verá que a melhor opção será o título de banco, e não mais o Tesouro Selic.

Moody’s é terceira agência de risco a retirar selo de bom pagador do Brasil

Posted by Clayton Teles das Merces on 24 fevereiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta quarta-feira (24) o rebaixamento da nota de crédito do Brasil, o que significa que o país perdeu o último selo de bom pagador que detinha em agências de risco.

A nota do país foi cortada em dois degraus, de Baa3 —último nível de grau de investimento — para Ba2. A perspectiva é negativa, o que indica que novo rebaixamento pode ocorrer nos próximos meses. Em dezembro, a Moody’s já havia sinalizado que poderia cortar a nota do país, ao colocá-la em observação, revisando a perspectiva de “estável” para “negativa”.

Em comunicado, a Moody’s afirma que o rebaixamento reflete a perspectiva de piora nas contas do Brasil em um cenário de baixo crescimento, com o endividamento do governo inclinado a superar 80% do PIB (Produto Interno Bruto) dentro de três anos.

A agência citou ainda a dinâmica política desafiadora, que deve continuar a complicar os esforços de consolidação fiscal das autoridades e adiando reformas estruturais. “O fraco apoio político à presidente e à sua administração oferece pouca perspectiva de reformas de maior alcance durante o horizonte de rating”, indica a Moody’s no comunicado.

A perspectiva negativa, prossegue a agência, reflete a visão de que “riscos de uma consolidação e recuperação ainda mais lenta, ou de que ocorra choques adicionais, estão crescendo, criando incertezas sobre a magnitude da deterioração do perfil de dívida do Brasil ao longo do horizonte de rating”.

Na nota, a Moody’s afirma que a piora dos indicadores analisados para conceder a nota de crédito devem continuar nos próximos três anos por causa da “intensidade do choque para a economia brasileira, a falta de progresso do governo em alcançar seus objetivos de reformas fiscais e econômicas e a expectativa de que atual dinâmica política seja mantida nesse período”.

A projeção da agência é que, no período 2016-2018, o crescimento do PIB seja equivalente a uma média negativa de 0,5%.

A agência diz ainda que uma elevação da nota de crédito do país no curto prazo é “improvável” pela perspectiva negativa e pela expectativa de piora dos indicadores de dívida. Mas, segundo a Moody’s, pressões positivas sobre o rating podem ocorrer se as autoridades conseguirem resolver os desequilíbrios estruturais que levaram à piora fiscal e ao aumento da dívida do governo.

Isso seria possível com a aprovação de reformas estruturais que diminuíssem a “rigidez orçamentária, indexação de receitas e crescimento obrigatório em várias categorias de despesas apesar do fraco desempenho da receita”.

Por outro lado, se os indicadores continuarem piorando, novos rebaixamentos podem ocorrer, diante da percepção da agência de que “autoridades brasileiras não serão capazes de alcançar a consolidação fiscal e encaminhar os desequilíbrios fiscais que impedem a reversão do aumento da dívida pública”.

EFEITO DOMINÓ

O anúncio ocorre exatamente uma semana após a agência Standard & Poor’s cortar pela segunda vez a nota do país em cinco meses, avaliando que o processo de ajuste da economia será mais prolongado do que o esperado. A perspectiva da S&P é negativa.

A S&P foi a primeira agência a retirar o selo de bom pagador do país, em setembro do ano passado. Três meses depois, foi a vez de a agência Fitch também retirar o grau de investimento do Brasil.

A Moody’s era a última agência entre as três grandes que mantinha o país como grau de investimento, mas o rebaixamento já era esperado pelo próprio governo.

A S&P foi a primeira agência de classificação de risco a elevar o Brasil ao chamado grau de investimento, em abril de 2008, no segundo mandato do presidente Lula. Depois, Fitch (maio de 2008) e Moody´s (setembro de 2009) também deram a mesma chancela ao Brasil.

O selo de bom pagador, que é um reconhecimento de que o país é um lugar seguro para os investidores, costuma ser exigido por fundos de investimento e de pensão bilionários para aplicar em títulos de dívida de governos. Normalmente, pedem que a aplicação seja considerada grau de investimento por, pelo menos, duas das grandes agências.

Além disso, quanto melhor a classificação, menor o custo da dívida para o país.

GRAU DE INVESTIMENTO

O grau de investimento é uma condição atribuída por agências internacionais de classificação de risco a papéis, empresas ou países para definir que se trata de um investimento seguro -ou seja, com baixo risco de calote.

As três agências risco de maior visibilidade no mundo são a Standard & Poor’s, a Moody’s e a Fitch Ratings.

Gasto de brasileiro no exterior cai 62% em janeiro

Posted by Clayton Teles das Merces on 23 fevereiro 2016 in Contabilidade, Geral, Governo with Comments closed |

Os gastos dos brasileiros em viagens internacionais caíram 62% em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo o Banco Central, foram gastos US$ 840 milhões, menor valor para este mês do ano desde 2009.

O valor representa pouco mais de um terço do recorde de US$ 2,4 bilhões registrado em julho de 2014. No ano passado, os gastos com viagens internacionais haviam recuado 32% em relação a 2014.

O encarecimento das viagens por causa da desvalorização do real e a queda na renda dos brasileiros são os principais fatores que influenciaram esse resultado. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o aumento no Imposto de Renda nas remessas de agências de viagens também teve impacto.

A receita com turistas estrangeiros, por outro lado, cresceu 14% na mesma comparação, para US$ 650 milhões, maior valor para este mês do ano desde 2013 (US$ 672 milhões).

Segundo Maciel, dados preliminares para fevereiro apontam queda de 40% nas despesas com viagens e aumento de 21% nas receitas.

A queda nas despesas com viagens é um dos fatores que contribuem para reduzir o deficit do Brasil nas suas transações de bens, serviços e rendas com outros países.

Em janeiro, o deficit externo somou US$ 4,8 bilhões, queda de 60% em relação a janeiro de 2015. O investimento direto no país, principal fonte de financiamento dessa conta, recuou 5%, para US$ 5,5 bilhões.

No acumulado em 12 meses, o deficit está em 2,94% do PIB, retornando ao mesmo nível de setembro de 2012. Em abril de 2015, o indicador chegou a 4,51% do PIB, pico da atual série histórica.

Produção de açúcar rumo a um novo recorde

Posted by Clayton Teles das Merces on 23 fevereiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

Há cinco safras “derrapando”, a produção de açúcar do Brasil, maior exportador global, volta a fazer barulho no mercado. Um volume recorde de cana estará disponível para moagem no Centro-Sul do país em 2016/17 e, com isso, a produção da commodity poderá crescer até 4,9 milhões de toneladas em relação a 2015/16, conforme as estimativas até agora divulgadas.

Influenciadas por essas projeções, as cotações do açúcar na bolsa de Nova York recuaram 15% desde o início deste ano, conforme cálculos do Valor Data. Mas, pelo menos por ora, esse declínio não preocupa as usinas brasileiras, que já venderam antecipadamente 60% do açúcar que vão exportar em 2016/17.

Projeções de consultorias para a safra 2016/17 de cana no Centro-Sul do Brasil

Esse fator de pressão tende a perdurar, mas o espaço para novas quedas – se é que elas acontecerão – já começa a ser definido pelas previsões de clima para o Centro-Sul e pelo mercado de etanol, cujo consumo bateu recorde em 2015. Mas é consenso entre as principais consultorias e tradings que atuam no ramo que em 2016/17 haverá volumes de cana nunca antes vistos na região (até 650 milhões de toneladas), o que tende a inflar a oferta de açúcar.

Segundo a FG Agro, localizada em Ribeirão Preto (SP), o mais tradicional polo canavieiro do país, se as usinas do Centro-Sul destinarem 44,4% do caldo da cana para fabricar açúcar em 2016/17 (ante 40,9% em 2015/16), a produção da commodity pode chegar a 35,6 milhões de toneladas, o que seria um recorde – o anterior, de 34,4 milhões de toneladas, foi no ciclo 2013/14.

A estimativa considera que as usinas da região vão conseguir processar 635 milhões de toneladas de cana, de um total de 650 milhões que estarão disponíveis. A premissa é que a moagem vai ocorrer por 204 dias, 11 dias a mais que na temporada atual.

Ainda que se confirme esse cenário de grande produção de açúcar, a consultoria não vê “ameaças” ao primeiro déficit global em cinco safras, previsto para esta “safra internacional” 2015/16, que termina em 30 de setembro. “O mercado sabe que o déficit será crescente [o consumo mundial tem crescido de 2,5 milhões a 3 milhões de toneladas por ano]. E isso dará sustentação aos preços da commodity no longo prazo”, afirma o diretor da FG Agro, Gustavo Torrano Corrêa.

Por outro lado, pesa na balança “altista” da commodity o fato de que cerca de 60% do açúcar que o Brasil deverá exportar em 2016/17 já foi vendido antecipadamente. Na prática, isso significa uma menor pressão de venda no mercado internacional no próximo ciclo, na medida que o maior exportador global terá somente 40% de seu excedente exportável a ofertar.

Mas, se por alguma razão as cotações do açúcar caírem em demasia, reduzindo a rentabilidade das usinas – o que Corrêa considera improvável -, a safra do Centro-Sul poderá “virar” para o etanol. Nesse cenário, o “mix” seria de 41% para açúcar, e não mais 44,4%, e a produção da commodity seria de 33 milhões de toneladas. A produção adicional de etanol, por sua vez, cresceria 150 milhões de litros por mês.

“Não seria um problema para o mercado absorver essa oferta adicional sem afetar de maneira significativa os preços”, avaliou Corrêa. Mesmo porque no primeiro cenário, mais açucareiro, já é considerada uma oferta bem “curta” de etanol – 27,6 bilhões de litros, praticamente a mesma de 2015/16.

A maior parte das consultorias prevê uma produção de açúcar no Centro-Sul em 2016/17 mais próxima de 34 milhões de toneladas. Estão nessa lista a brasileira Datagro, a americana FCStone (ver infográfico), a trading francesa Sucden (34,3 milhões) e o banco holandês Rabobank (34 milhões).

Mas são números que ainda podem mudar. A Kingsman enxerga que a oferta maior no Brasil reduzirá o déficit mundial em 2015/16. Em dezembro, projetou que a demanda superaria a produção em 5,26 milhões de toneladas, mas em janeiro, baixo o número para 4,8 milhões.

Realidade virtual vai exigir avanço da 5G

Posted by Clayton Teles das Merces on 23 fevereiro 2016 in Geral, Tecnologia da Informação T.I with Comments closed |

Com as redes sociais, o texto não foi abandonado, mas passou a dividir espaço com imagens e vídeos na hora de as pessoas trocarem mensagens e informações entre si. Para Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, o futuro será dominado por um ambiente que reúne elementos desses três formatos, mas depende de investimentos pesados em infraestrutura: a realidade virtual.

Obter o efeito de imersão do usuário em mundos digitais, a grande promessa da realidade virtual, vai demandar a construção das redes de quinta geração, ou 5G, que substituirão as 4G a partir de 2020 – ou até antes, a depender das operadoras e empresas de tecnologia. A transmissão de vídeos ao vivo ou por streaming exigirá uma melhora significativa da qualidade das redes disponíveis, afirmou Zuckerberg. “No futuro, os vídeos em 360 graus compartilharão as experiências como se você estivesse ali”, afirmou o executivo, na mais concorrida apresentação do primeiro dia do Mobile World Congress, em Barcelona.

“Quando dei meus primeiros passos, meus pais pegaram uma caneta e anotaram a data no livro de bebê. Minha prima, quando seu filho deu os primeiros passos, tirou uma foto com uma câmera. Minha irmã, quando seu filho andou, fez um vídeo. Eu quero capturar toda a cena, então, vou fazer um vídeo em 360 graus”, disse Zuckerberg.

De calça jeans e camiseta, enrubescido diante da imensa plateia, ele disse que o advento do vídeo será tão relevante quanto a disseminação dos dispositivos móveis a partir de 2011. “Em alguns anos, o principal conteúdo consumido on-line será o vídeo. É um momento animador.”

Em seu terceiro ano no maior congresso de telecomunicações do mundo, Zuckerberg defendeu uma de suas principais iniciativas, a internet.org, um projeto lançado em 2013 com o propósito de conectar a população mundial que ainda não dispõe de mecanismos de acesso à rede mundial, algo que ele disse considerar um “direito básico”. Zuckerberg informou que o Facebook pretende lançar um satélite para aumentar a conectividade na África e está testando drones para levar a internet a zonas rurais.

O objetivo da iniciativa, disse Zuckerberg, não é obter lucro. “Temos um modelo de negócio incrível e queremos ajudar as pessoas. Não estamos focados em ganhar dinheiro com isso”, afirmou. Na apresentação, ele lembrou que o Facebook começou como uma forma de conexão entre colegas de faculdade.

O presidente do Facebook disse que as redes 5G não podem representar melhores conexões apenas para o mundo desenvolvido. “É impossível que a indústria cresça se as pessoas ricas têm acesso ao dobro de velocidade que as demais. O objetivo da iniciativa internet.org é conectar dois terços da população mundial que estariam fora da web.

A tecnologia de quinta geração é a protagonista do congresso em Barcelona. Capaz de promover conexões rápidas em ambientes que vão de carros conectados a aplicativos médicos, a expectativa é que nova tecnologia dê impulso à “internet das coisas”, que conecta objetos entre si, sem intervenção humana.

O setor de saúde tende a ser um dos principais beneficiados, segundo executivos da AT&T, Ericsson e Intel. A possibilidade de coletar informações em hospitais e criar bases de dados para acelerar a detecção e o tratamento do câncer, por exemplo, seriam transformadores. Setores como varejo e serviços financeiros também seriam profundamente alterados, disse Ralph de la Vega, responsável pela divisão de telefonia móvel da AT&T. A mídia é a aposta de Hans Vestberg, da Ericsson, para quem a ampliação da disponibilidade de conteúdo pelas redes e o aumento do consumo de vídeos permitirá rever os negócios.

O executivo da AT&T pediu que os legisladores e reguladores garantam leis e políticas que estimulem as operadoras a investir nas redes 5G. “Precisa haver uma política a favor do investimento que nos ajude a justificar os elevados custos de lançar os serviços 5G”, afirmou. “Em 2015 investimos US$ 20 bilhões no México. Por quê? Porque o México colocou em prática uma estratégia muito favorável aos negócios. E como resultado temos a maior rede 4G da América do Norte.”

O presidente da Nokia, Rajeev Suri, disse considerar a internet das coisas e o 5G como segmentos prioritários para o grupo crescer nos próximos anos. O executivo anunciou um fundo de investimento de US$ 350 milhões dedicado à “internet das coisas”, que deve ajudar a companhia a abrir novas áreas de atuação. “Vamos aumentar dramaticamente nossos investimentos em 5G neste ano”, afirmou. Ele estima que em 2017 já existam implementações comerciais da quinta geração.

A previsão é que o ministro das Comunicações, André Figueiredo, assine hoje um memorando com a União Europeia para o desenvolvimento das redes de quinta geração. O acordo será focado na “definição da tecnologia a partir do lançamento do programa Brasil 5G, na cooperação, nos órgãos de padronização, além da realização de projetos de pesquisa e desenvolvimento envolvendo academia e indústria”, informou o ministério em nota.

Inflação pelo IPCA-15 sobe para 1,42% em fevereiro

Posted by Clayton Teles das Merces on 23 fevereiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

A inflação medida pelo Í;ndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) acelerou entre janeiro e fevereiro, de 0,92% para 1,42%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a taxa mais alta para os meses de fevereiro desde 2003, quando foi de 2,19%. Em igual mês do ano passado, a alta foi de 1,33%. Apenas no primeiro bimestre a inflação já acumula alta de 2,35%.

O indicador é uma prévia do IPCA, que baliza o sistema de metas de inflação. O que muda entre os dois índices é o período de coleta de preços e a abrangência geográfica.

O IPCA-15 de fevereiro ficou acima da estimativa média de 1,28% apurada peloValor Data e até do teto das previsões, que foram calculadas junto a 19 instituições financeiras e vão de alta de 0,96% até 1,38%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o índice subiu 10,84%, a maior taxa desde novembro de 2003, que chegou a 12,69%. A taxa está bem acima do teto do intervalo da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%.

As pressões mais fortes na formação do índice do mês vieram dos grupos alimentação e bebidas, com alta de 1,92% e impacto de 0,49 ponto percentual, transportes, com 1,65% e 0,30 ponto e educação, com 5,91% e impacto de 0,27 ponto. Juntos, foram responsáveis por 1,06 ponto, ou 75% do IPCA-15.

Nos alimentos, destacaram-se com aumentos significativos, a cenoura (24,26%), a cebola (14,16%), o tomate (14,11%), o alho (13,08%), a farinha de mandioca (12,20%) e as hortaliças (8,66%). As tarifas dos ônibus urbanos, com alta de 5,69%, se destacam no grupo transportes, com reajuste em sete regiões metropolitanas. foram registrados, também, aumentos expressivos nas tarifas de trem (6,12%), metrô (5,27%), ônibus intermunicipais (5,04%) e táxi (3,65%), além da alta do litro do etanol (4,92%) e da gasolina (1,20%).

A alta de 5,91% registrada no grupo educação reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, item que subiu 7,41%. Constituiu-se no maior impacto individual no índice do mês, 0,21 ponto.

Os demais aumentos foram registrados em artigos de residência, que acelerou de 0,48% para 0,86%; saúde e cuidados pessoais, que passou de 0,66% para 1,04%; e comunicação, de 0,11% para 0,91%. Entre janeiro e fevereiro, desaceleraram os itens habitação, de 0,57% para 0,40%; vestuário, de 0,49% para 0,14%; despesas pessoais, de 0,11% para 0,91%.

Brasil é o 10º país mais complexo do mundo para fazer negócios, diz consultoria

Posted by Clayton Teles das Merces on 22 fevereiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

O Brasil é o décimo país mais complexo do mundo para fazer negócios, segundo pesquisa da consultoria TMF Group. O ranking – que mede a complexidade para as empresas multinacionais cumprirem a regulamentação e legislação corporativa – tem 95 países e é liderado por Argentina, Indonésia e Colômbia. O país menos complexo é a Irlanda.

Apesar da avaliação ruim, a classificação do Brasil melhorou bastante, já que na edição anterior da pesquisa o País era o segundo mais complexo do mundo. Segundo a TMF, o Brasil tem feito progressos no sentido de combater a corrupção e melhorar o ambiente corporativo, embora ainda tenha muitos obstáculos burocráticos e gargalos processuais. A consultoria também vê um esforço do governo em aumentar a eficiência na arrecadação de imposto de renda corporativo e da tributação sobre a folha de pagamento, incluindo a informatização nessas áreas.

No lado negativo, o relatório aponta que a inflação no Brasil está no maior nível em 12 anos e o dólar subiu quase 50% ao longo do último ano. “Embora esses fatores não afetem diretamente a conformidade, eles são um indicativo de que a economia está sob pressão e, assim, é improvável que o governo seja capaz de implementar as reformas necessárias para melhorar no ranking de complexidade no curto a médio prazo”, aponta o texto.

Dos dez países mais complexos do mundo, cinco são da América Latina. Segundo a TMF, embora a região ofereça muitas oportunidades para as empresas multinacionais, a complexidade é elevada em função dos altos níveis de burocracia e investimento limitado nas estruturas reguladoras.

De acordo com a TMF, as empresas que procuram investir e operar na América Latina podem enfrentar quantidades significativas de protocolos que abrangem a maioria das modalidades de negócios, incluindo saúde e segurança, recursos humanos e fiscal. Este impacto é multiplicado pela necessidade de obedecer às leis que muitas vezes são difíceis de interpretar e aplicadas de maneira inconsistente.

“A instabilidade política contínua também desempenha um papel importante, porque tem atrasado significativamente algumas das peças-chave da legislação destinadas a simplificar o ambiente de negócios em alguns destes países”, afirma o relatório. A consultoria diz que, embora seja difícil atribuir diretamente a complexidade à instabilidade política, a maioria dos países com pior desempenho no ranking atualmente enfrenta consideráveis turbulências nessa área. “Isso afeta todos os aspectos de uma economia e a infraestrutura legal de um país, impactando a criação e manutenção de um ambiente de governança corporativa estável”.

Programas de declaração e entrega do IR 2016 são liberados na quinta-feira

Posted by Clayton Teles das Merces on 22 fevereiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

Os programas de preenchimento e envio da declaração do Imposto de Renda de 2016 serão liberados pela Receita Federal nesta quinta-feira, dia 25, a partir das 8h.

Apesar da liberação, a declaração só poderá ser enviada a partir de 1º de março, a terça-feira seguinte. Até lá, o sistema da Receita não vai aceitar o envio do documento.

O prazo final de entrega da declaração de IR 2016 é 29 de abril, uma sexta-feira.

Celular e tablet

Esses programas que serão liberados na quinta são usados por quem faz a declaração pelo computador (destktop).

É possível, também, fazer a declaração por meio de celular ou tablet, usando um aplicativo gratuito que funciona nos sistemas Android e iOS.

A Receita Federal não informou a partir de que data esse aplicativo poderá ser baixado. Segundo o órgão, isso dependerá das lojas Google Play (Android) ou App Store (iOS).

Rascunho da declaração

Quem quiser se adiantar pode lançar mão, antes mesmo de quinta (25), do rascunho da declaração, que está disponível até 29 de fevereiro. Os dados preenchidos no rascunho poderão, depois, ser transportados para a declaração, segundo a Receita.

Durante o período de entrega da declaração, de 1º de março a 29 de abril, não será possível preencher o rascunho, mas será permitido transportar os dados já preenchidos.

A versão de rascunho para desktop pode ser baixada no site da Receita (link encurtado: http://zip.net/bgsT8g). Para tablets e smartphones, está disponível dentro no aplicativo IRPF, que já pode ser baixado nas lojas Google Play e App Store.

Crédito consignado: o que você precisa saber antes de embarcar nessa

Posted by Clayton Teles das Merces on 19 fevereiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo with Comments closed |

Consumir em suaves prestações. Ou então rolar as dívidas e mesmo tentar limpar o nome sujo no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Muita gente tem usado esses argumentos para embarcar na onda do crédito consignado, uma forma de crédito que cresce  no País  rapidamente em relação a outras modalidades. Compreender sua natureza para não se afundar ainda mais em dívidas é crucial, na visão de especialistas do mercado financeiro.

O executivo Vinicius Favarão, diretor da Bradesco Promotora, empresa especializada em consignado , explica que o crédito consignado nada mais é do que um empréstimo cujos pagamentos são feitos diretamente, com débito no valor de aposentadorias do INSS, na folha de pagamentos de funcionários públicos ou de empresas privadas conveniadas aos bancos.  O segredo, diz Favarão, é “tomar o crédito de forma consciente, sabendo seus limites e de que forma ele se encaixa em seu orçamento”.

Em dezembro de 2015, o estoque de empréstimos consignados  no Brasil era de  R$ 279 bilhões, dinheiro  concedido por bancos ou instituições financeiras. Para se ter uma ideia do tamanho dessa cifra, ela é cinco vezes maior que o orçamento da cidade de São Paulo (R$ 54 bilhões em 2016). Nos últimos quatro anos, segundo informações do Banco Central (BC) , o crédito consignado cresceu 47% no País nos últimos quatro anos.

A maior parcela dos empréstimos consignados, ainda segundo o BC, é feita por funcionários públicos (61,6%) e aposentados (31,4%). Os 7% restantes são de empregados de empresas privadas.

A regra dos 30%

Não é um número cabalístico, profético, mas reza a boa regra econômica que você deve comprometer no máximo até 30% da sua renda líquida em dívidas.  Coincidência ou não, é exatamente esse o limite máximo para quem se candidata a tomar um crédito consignado. No caso, 30% do seu contracheque.

Os aposentados têm a seu dispor uma possibilidade de expandir essa regra dos 30% para 35%. Isto porque existe também o cartão do consignado, criado para atender os pensionistas do INSS, que é ofertado por bancos ou financeiras.

Na prática, se você já tem um empréstimo consignado que comprometa até 30% da sua renda, outros 5% podem ser conquistados com o cartão. Em ambos os casos, empréstimo ou cartão, os pagamentos podem ser de até, no máximo, 72 parcelas.

Juros

Se há algo que um tomador de qualquer tipo de empréstimo deve estar muito atento é a taxa de juro. A dica dos especialistas é pesquisar, sempre, qual a melhor taxa em um determinado período de tempo.

Sem se esquecer que, no Brasil, o juro é um dos maiores do planeta, descontada a inflação. E isto em um momento em que as principais economias desenvolvidas praticam taxas negativas.

Uma base sempre importante, de acordo com os especialistas, é olhar a quantas anda a taxa básica de juros tabelada pelo BC. A Selic, como é comumente chamada, está hoje em 14,25% ao ano. Para o consumidor leigo é sempre importante comparar bases iguais de juros no tempo: taxas ao mês e taxas ao ano. No caso do crédito consignado, a taxa máxima possível por lei é de 2,34% ao mês, ou o equivalente a 31,99% ao ano, utilizando-se cálculo de juros compostos.

O juro do consignado ao ano é hoje mais que o dobro que a taxa Selic de 14,25%, uma taxa salgada para empréstimos em que o risco é praticamente zero para os bancos.

Segundo analistas consultados pela DINHEIRO, para os bancos e instituições financeiras, o risco de calote no consignado ocorre em caso de morte  e de eventuais problemas operacionais com as empresas cadastradas.

Anefac

De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), entidade que regularmente pesquisa taxas de juros praticadas no mercado, ainda assim o consignado é um bom negócio.

No último informativo divulgado pela entidade, o crédito consignado praticamente empata com o chamado Crédito Direto ao Consumidor (CDC) de alguns bancos, mas perde feio para o cheque especial e o cartão de crédito, os vilões dos juros altos.

Confira:

CDC bancos:  2,30% ao mês (28,99% ao ano)

Empréstimo Pessoal bancos: 4,47% ao mês (63,09% ao ano)

Juros do Comércio: 5,60% ao mês (85,84% ao ano)

Empréstimo Pessoal Financeiras: 8,14% ao mês (145,15% ao ano)

Cheque Especial:  10,96% ao mês (219,11% ao ano)

Cartão de Crédito: 14,56% ao mês (338,22% ao ano)

Boa opção

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) elaborou recentemente uma cartilha de orientação sobre empréstimo e cartão consignado. O trabalho, bastante ilustrativo, mostra quais as informações mais importantes para as quais o tomador do empréstimo deve estar atento. Algumas dicas são as seguintes:

1 – Não se pode fazer qualquer contratação por telefone

2 – Na taxa de juros acertada já estão inclusos todos os custos da operação

3 – Não pode haver cobrança de Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) ou qualquer outra cobrança na contratação do empréstimo consignado

4 – A instituição financeira é obrigada a entregar o boleto para quitação antecipada do contrato, acompanhado de planilha de cálculos, no prazo de até cinco dias úteis. E é ilegal a cobrança de taxa ou tarifa de quitação antecipada.

5 – Os empréstimos só podem ser contratados no estado em que o aposentado ou pensionista reside e recebe o benefício.

6  – O empréstimo não pode ser usado em operações de financiamento, arrendamento mercantil (leasing) e CDC.

Para obter a cartilha do Proconclique aqui.

STF livra pequenas empresas de novas regras do ICMS no comércio eletrônico

Posted by Clayton Teles das Merces on 19 fevereiro 2016 in Contabilidade, Empresas, Geral, Governo, Tecnologia da Informação T.I with Comments closed |

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liminar nesta quarta-feira (17) que, na prática, livra as micro e pequenas empresas das mudanças nas regras de cobrança de ICMS no comércio eletrônico.

Em vigor desde janeiro, as mudanças foram introduzidas pelo convênio 93/15 do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

A regulamentação exige que o empresário, após cada venda para fora de seu Estado, calcule o valor do imposto devido aos Estados de origem e de destino imediatamente, emita uma guia de pagamento para cada um pela internet e pague cada uma antes de enviar o produto.

Até o ano passado, o ICMS era pago apenas uma vez ao mês e todo ele era destinado ao Estado onde está localizada a empresa.

Os vendedores reclamaram que o novo sistema aumentou a burocracia, os custos e a carga tributária. Além do problema financeiro, os micro e os pequenos empresários afirmam que a nova regra também criou um problema operacional, pois eles não teriam estrutura para cumprir todas as obrigações.

O Confaz pode recorrer para derrubar a liminar.

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