Setor de serviços quer discutir reforma tributária

Posted by Clayton Teles das Merces on 3 novembro 2014 in Sem categoria |

O setor de serviços pretende ampliar a sua participação ao longo do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o presidente da Federação das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Mario Berti, a simplificação e a reforma tributária, que segundo a presidente Dilma, estão entre as prioridades para o seu segundo mandato, estão na mira do setor que quer um maior diálogo envolvendo o Governo e a sociedade. “Vivemos um emaranhado tributário imenso.

Sabemos que a União e os estados não vão querer abrir mão de receitas, realizando uma reforma tributária ampla. Mas a simplificação dos tributos já seria um grande passo nesta direção, especialmente para o setor de serviços”, diz Berti.

Segundo ele, o assunto será abordado na 16ª Convenção Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Conescap) que será realizada em novembro de 2015, no Recife. Com investimentos de R$ 3,5 milhões, a Fenacon espera movimentar até R$ 5 milhões durante o evento.

De acordo com a Fenacon, o setor de serviços movimenta o equivalente a 6,5% do produto interno bruto (PIB) nacional e é responsável por 67% dos empregos gerados em todo o país. “A economia está desacelerando. Vamos ter tempos difíceis pela frente. O custo Brasil é elevado e a burocracia é excessiva. As empresas de contabilidade, por exemplo, chegam a gastar entre 30% e 35% do seu tempo fornecendo informações para o Governo. Neste primeiro momento, mais que reduzir tributos, a simplificação é fundamental”, ressalta.

Berti observa que o ministério da Micro e Pequena Empresa tem ajudado a resolver várias demandas do setor, embora seja necessário fazer mais. “É preciso um certo cuidado.

Muitas vezes a simplificação ou a redução da carga tributária nem sempre é boa como pode parecer”, ressalta. Como exemplo, ele cita a unificação do PIS e Cofins. “Em muitos casos isso acabou por resultar em uma elevação de até 100% da carga tributária para certos setores. São estas discussões que devem ser travadas por todos”, diz.

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