Escrita Contabilidade

Crise traz oportunidades para empresários

São Paulo – Empresários e representantes setoriais afirmam que há oportunidades de crescimento e de negócios, mesmo com o atual fraco ritmo da economia. Principalmente no caso das pequenas companhias.

“Não só no varejo, mas em diversos setores, as pequenas empresas têm chances de expansão acima da média comparada a negócios de portes maiores. Isso porque contam com mecanismo de facilitação. Ou seja, os entraves com tributação foram retirados com a criação do Supersimples, que foi ampliado”, comentou o vice-presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, ao DCI.

Após participar de evento realizado ontem pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), Castro sugeriu que como o pequeno empresário tem mais chances de aproveitar nichos e oportunidades de mercado, o momento é propício para isso. “Mas, também tudo depende de como o executivo vai gerir seu negócio”, lembra.

Otimismo

Durante o evento que tratou sobre as perspectivas econômicas para 2015, representantes de setores e de multinacionais consideram que a economia no ano que vem deve apresentar o mesmo crescimento de 2014 ou estabilidade. Mas, mesmo assim, eles estão otimistas com o País no longo prazo.

“A imagem do Brasil é ainda positiva”, disse a diretora de assuntos governamentais e corporativos da Caterpillar no País, Suely Agostinho, ao se referir sobre a posição da matriz. “Nos nossos planos estratégicos, não estamos olhando para o curto prazo”, acrescentou.

“Na Whirlpool [sede], os comentários são ‘quem não lidera no Brasil, não lidera no mundo'”, afirmou o vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da filial na América Latina, Armando Valle Júnior.

Porém, os executivos ressaltam que falta união do setor privado para que mudanças sejam feitas. “Não podemos só reclamar, temos que dar soluções ao governo”, disse Valle Jr.
Perspectivas

O economista do Itaú Unibanco, Caio Megale, explicou que a expectativa para este ano é de uma expansão de apenas 0,1%, com retomada em 2015 (alta de 1,3%). Mas afirmou que, com relação a 2016, há chances de o País crescer mais. “O desafio não será reestabelecer o crescimento, porque isso vai acontecer à medida que houver uma deslavancagem e ajustes, como há sinais. A grande dúvida é a velocidade de avanço no próximo ciclo.”

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