Empresas iniciantes começam a usar softwares de gestão

Posted by Clayton Teles das Merces on 20 junho 2014 in Sem categoria |

O uso de Sistemas de Gestão Empresarial, ou ERP – da abreviação do termo em inglês -, que antes parecia estar somente ao alcance de grandes companhias, já começa a fazer parte da realidade de empresas de tecnologia iniciantes, chamadas startups. Com o barateamento e a simplificação provocada pela adoção da computação em nuvem, que é o armazenamento de dados na rede mundial de computadores, negócios de tamanhos diversos já podem gerir seus processos de maneira mais profissional.

É o caso da Solidarium, um e-commerce exclusivo de produtos artesanais, que opera há menos de dois anos e recentemente passou a usar um ERP para gerir informações de maneira mais organizada. O CEO da Solidarium, Tiago Dalvi, conta como o uso do software profissionalizou os processos do negócio. “Estávamos em um momento em que a empresa crescia muito, mais de 25% ao mês, até 35% em alguns meses, integrando bancos de dados direto com arquivos de Excel com milhares de linhas. Analisar as vendas e tomar decisões de forma rápida fica impossível”, revela.

Dalvi acredita que a adoção de um EPR por startups vem crescendo por conta da necessidade dos empreendedores de cuidares exclusivamente de suas especialidades. “Eu só preciso cuidar do core business do meu negócio, que é vender artesanato on-line. Não somos especialistas em softwares e sistemas de gestão, mas a partir de agora, toda a parte tributária, fiscal, de orçamentos estará integrada. É um controle de empresa grande numa micro”.

Para o CEO da Solidarium, é importante para as startups iniciarem a operação de maneira organizada, com as suas ferramentas de gestão integradas. “A partir da implementação do ERP, criamos um standard padrão de grande empresa. Hoje sabemos o mínimo que é preciso para se crescer de maneira correta”, diz.

As grandes companhias do ramo de tecnologia responsáveis pela criação de softwares de gestão empresarial já desenvolvem produtos específicos para micro, pequenas e médias empresas (MPME). A alemã SAP, por exemplo, antes conhecida por atender apenas grandes conglomerados, tem focado esforços para atender melhor as MPME. E o uso de cloud computing – ou computação em nuvem, no português -, que é o armazenamento de informações na rede mundial de computadores, é elemento importante nesta estratégia.

“A nuvem não só surge como uma estratégia de produtos novos, vem também para simplificar muitas ofertas para o mercado. Agora podemos atingir empresas que não são tão grandes, oferecer nossas soluções para negócios de diversos tamanhos, chegar nas pequenas e médias empresas, que não tem infraestrutura de operação de TI”, analisa Cristina Palmaka, presidente da SAP no Brasil.

Os gastos das empresas brasileiras com tecnologia da informação e telecomunicações (TIC) vem aumentando progressivamente nos últimos anos. De acordo com dados da consultoria IDC, estima-se que em 2014 os investimentos no País cheguem a casa dos US$ 175 bilhões, número 9,2% ao registrado em 2013. “Antes, o nosso ERP, pesado, chegava a levar anos para implementação completa. Agora, com a nuvem, isso é feito em semanas. Esse processo torna as coisas mais fáceis para as MPME e fica mais simples da SAP chegar nesse mercado”, revela Cristina.

Outra startup que recentemente começou a usar um ERP é a Emprego Ligado. O negócio funciona como uma espécie de agência de emprego via SMS para candidatos operacionais das classes C, D e E. “Somos o maior fornecedor de mão de obra operacional do Brasil. Focamos especificamente nos cargos mais baixos, mercado que não tem a atenção dos sites de currículos tradicionais”, conta Jacob Rosenbloom, CEO da Emprego Ligado.

Rosenbloom, que é norte-americano, crê que o uso de ERP o ajudou a desmembrar o complexo sistema tributário brasileiro. “Vai nos ajudar muito nesta questão de emissão de nota fiscal, na parte contábil em demonstrações financeiras. Principalmente para nós, que somos uma empresa fundada por estrangeiros. Antes fazíamos tudo via Excel, Google Docs e Dropbox”, finaliza.

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