Copa causa maior impacto no setor de serviços do que no comércio

Posted by Clayton Teles das Merces on 18 junho 2014 in Sem categoria |

O Ministério dos Esportes calculava que 600 mil turistas estrangeiros viriam ao Brasil para a Copa do Mundo, além de três milhões de turistas nacionais, movimentando R$ 25 bilhões na economia. Com o início do campeonato, já é possível projetar o impacto no comércio de bens, serviços e Turismo. O contribuição do Mundial no consumo dos brasileiros é um dos estudos que a CNC produziu sobre o tema. Ele mostra que o comércio não deve sentir um impacto significativo, mas que a alta na venda de televisores deve livrar a atividade de um desempenho pior neste ano. Os maiores beneficiados devem ser os bares e restaurantes. O Turismo, como a maioria das reservas nos hotéis foi feita com antecedência, por exemplo, não deve registrar tanta diferença no período, mas ganhou um grande número de novos postos de trabalho.

A confederação calcula que o Mundial de Futebol eleve em R$ 863 milhões a receita das lojas especializadas na comercialização de artigos de uso pessoal e doméstico no segundo trimestre de 2014 – o segmento responde por 6% do faturamento anual do varejo brasileiro.

Com o encarecimento de serviços de manutenção e barateamento de novos aparelhos, os televisores devem estimular as vendas, que devem ser maiores que as das Copas de 2006 e de 2010, diz a CNC. Elas poderiam, inclusive, ter resultados melhores, não fosse o encarecimento do crédito. Considerando-se os níveis médios atuais de taxa de juros (42,0% ao ano) e o prazo de quitação por pessoas físicas (47,1 meses), a prestação de um empréstimo para a compra de um televisor, por exemplo, está 8,7% mais caro que no mesmo período do ano passado. Descontada a inflação, o encarecimento real (+2,3% ante abril de 2013) vem aumentando desde o último trimestre do ano passado.

Fábio Bentes, economista da CNC, em conversa com o JB por telefone, ressalta que o impacto no comércio, em geral, não é tão significativo, mas que a compra de televisores, com um estímulo do barateamento do produto, beneficia o comércio. Nos últimos 12 meses, lembra, os televisores têm ficado 4,5% mais baratos. Em relação à Copa do Mundo de 2010, eles ficaram 44% mais baratos, segundo dados do IPCA. Além disso, explica Bentes, o serviço de manutenção ficou 5,4% mais caro, funcionando também como um estímulo à troca de televisores.

A confederação calcula que o Mundial de Futebol eleve em R$ 863 milhões a receita das lojas especializadas na comercialização de artigos de uso pessoal e doméstico no segundo trimestre de 2014 – o segmento responde por 6% do faturamento anual do varejo brasileiro.

Com o encarecimento de serviços de manutenção e barateamento de novos aparelhos, os televisores devem estimular as vendas, que devem ser maiores que as das Copas de 2006 e de 2010, diz a CNC. Elas poderiam, inclusive, ter resultados melhores, não fosse o encarecimento do crédito. Considerando-se os níveis médios atuais de taxa de juros (42,0% ao ano) e o prazo de quitação por pessoas físicas (47,1 meses), a prestação de um empréstimo para a compra de um televisor, por exemplo, está 8,7% mais caro que no mesmo período do ano passado. Descontada a inflação, o encarecimento real (+2,3% ante abril de 2013) vem aumentando desde o último trimestre do ano passado.

Fábio Bentes, economista da CNC, em conversa com o JB por telefone, ressalta que o impacto no comércio, em geral, não é tão significativo, mas que a compra de televisores, com um estímulo do barateamento do produto, beneficia o comércio. Nos últimos 12 meses, lembra, os televisores têm ficado 4,5% mais baratos. Em relação à Copa do Mundo de 2010, eles ficaram 44% mais baratos, segundo dados do IPCA. Além disso, explica Bentes, o serviço de manutenção ficou 5,4% mais caro, funcionando também como um estímulo à troca de televisores.

A realização da Copa do Mundo apresenta tanto aspectos positivos quanto negativos para a economia brasileira, explica Marcel Grillo Balassiano, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV. Ele lembra, contudo, que, na Copa das Confederações, o setor de turismo foi beneficiado com a movimentação de R$ 740 milhões. “Logo, para a Copa do Mundo a expectativa é bem mais alta ainda.” A previsão, explica o economista do Ibre, é que a Copa do Mundo deverá agregar, até 2019, R$ 183,2 bilhões ao PIB, um aumento de 0,4% ao ano.

“Segundo outro estudo também divulgado pelo Governo Federal, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e Ministério do Turismo, a Copa das Confederações gerou um movimento de R$ 20,7 bilhões, sendo R$ 11 bilhões referentes a gastos de turistas, do Comitê Organizador Local (COL) e de investimentos privados e públicos e outros R$ 9,7 bilhões como renda acrescentada ao PIB brasileiro. A expectativa é de que a Copa do Mundo gere três vezes este valor, podendo chegar a R$ 30 bilhões.”

Sobre os aspectos positivos, Balassiano destaca que, como muitos turistas circulam pelo país, o evento acaba movimentando a economia, principalmente o setor de serviços, como hotéis, restaurantes, transportes e pontos turísticos. Ao mesmo tempo, o evento gerou empregos com a construção e reforma dos estádios, movimentando a o setor de construção civil.

Por outro lado, continua, o evento pode afetar a inflação em segmentos específicos. “A inflação que já está alta (6,4% em 12 meses em maio), em grande parte pela inflação de serviços (8,7% em 12 meses em maio), pode ter um aumento maior ainda em função da Copa do Mundo, já que com o evento esportivo, setores como restaurantes, hotéis, transportes, entre outros itens que fazem parte dos serviços podem ter aumento de preços.”

Também pode determinar a imagem do país no exterior, de acordo com o desempenho brasileiro na recepção da Copa. “Caso o evento seja um sucesso, tudo funcione bem, a imagem do país pode ser positiva. Agora, se os aeroportos tiverem falhas, a internet não funcionar, os estádios apresentarem problemas, a imagem do país pode ficar arranhada”, comenta Balassiano.

A curto prazo, de acordo com Balassiano, pode afetar negativamente a produção da indústria neste mês, devido à redução da jornada de trabalho por causa dos jogos.

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