SIMPI considera que 18% das MPIS não conseguem pagar impostos
A 12ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo Simpi/Datafolha, encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi), mostra que 18% das micros e pequenas indústrias não conseguiram pagar seus impostos no mês de fevereiro.
A pesquisa ainda revela que 77% dos entrevistados acreditam que os encargos dificultam o desempenho de suas empresas. A insatisfação cresceu 20 pontos percentuais em relação à última rodada, em janeiro.
Os dados também comprovam que houve crescimento no volume de empresários que deixou de pagar dívidas e despesas em instituições financeiras, fornecedores e impostos: 15% (janeiro) para 23% (fevereiro).
Segundo os entrevistados, a situação poderá se agravar ainda mais com o advento da Copa. Para 51% dos dirigentes, o evento esportivo irá mais atrapalhar do que ajudar a economia brasileira. Já 49% temem pela baixa produtividade de suas empresas, consequência dos feriados em dias de jogos. A explicação é dada pelo presidente do Simpi, Joseph Couri: “Não existe atividade lícita capaz de suportar uma redução de 30% ou, então, pagar 30% do total de horas trabalhadas com incremento de 100%”.
Indicadores
Em fevereiro, o Indicador de Atividade Empresarial registrou 54,5 pontos, a pontuação mais baixa desde março de 2013 (quando a pesquisa foi lançada), e dois pontos a menos em relação à rodada anterior. O índice, que compreende a expectativa do empresariado sobre seu negócio, incluindo faturamento, margem de lucro e situação geral do negócio, vem apresentando queda desde outubro de 2013.
A queda também foi observada no Indicador de Investimentos, de 24,9 pontos em janeiro, ante 19,5 pontos, em fevereiro. O movimento foi puxado, principalmente, pelas micro empresas que, na última rodada, apresentaram o resultado mais baixo desde março de 2013, 16,6 pontos.
Em função do baixo volume de produção, o Indicador de Empregos aponta que não há expectativas de fechamento ou abertura de vagas.
Por sua vez, o Indicador de Custos cresceu de 50,1 para 55,3 pontos, em fevereiro. Os dados refletem a queda de expectativa entre os empresários em relação ao aumento dos custos na produção: logística, mão-de-obra e insumos.
Contudo, mesmo diante do cenário geral, o Indicador de Atividade Econômica vem oscilando positivamente desde dezembro. Entre janeiro e fevereiro, o índice registrou elevação de 1,9 pontos.
A pesquisa
A pesquisa do Indicador de Atividade das Micros e Pequenas Indústrias de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, foi realizada entre os dias 10 e 22 de fevereiro, com 301 micro e pequenas indústrias paulistas. São consideradas micros as indústrias que empregam até nove funcionários, e pequenas, de 10 a 50 trabalhadores registrados.