Entre as atividades que tiveram maior participação no número de empresas no Brasil, o comércio foi a que mais se destacou, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que analisou a faixa de empresas com até 49 funcionários. Em seguida, aparece a indústria de transformação, atividades administrativas e serviços complementares. Os dados se referem a 2011 e são os últimos compilados pelo instituto.
De acordo com Denise Guichard, gerente de Planejamento, Disseminação e Análise do IBGE, entre 2008 e 2011 o crescimento no número das empresas de pequeno porte foi de 11,2%. Já em pessoal ocupado assalariado, a expansão foi de 19,4% no período.
Segundo a gerente, o instituto não possui um critério para classificar as micro e pequenas empresas – chamadas de empresas de segundo porte pelo IBGE -, então os dados consideram as faixas de pessoal ocupado no País. Em relação às regiões brasileiras, o IBGE aponta o Rio Grande do Sul como o estado que mais se destacou na participação de empresas menores, com 98,4%. Em seguida aparecem: Paraná (98,3%), Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás (98,2%) e Bahia e Mato Grosso do Sul (98,1%).
Entre 2008 e 2011, as atividades que tiveram as maiores taxas de crescimento relativo, levando-se em consideração o número de empresas, foram: eletricidade e gás (50,5%), construção (49,8%) e atividades imobiliárias (45,4%), de acordo com o IBGE. A que apresentou a menor taxa de crescimento relativo foi a indústria extrativa (1,6%), ainda segundo levantamento do instituto.
“Em relação ao pessoal ocupado assalariado, a atividade com maior taxa de crescimento relativo foi construção, com 44,8%”, afirma Guichard. “As atividades profissionais, científicas e técnicas contabilizaram crescimento de 42,2%. Já saúde humana e serviços sociais registraram expansão de 38,4%”, acrescentou a gerente do IBGE. As menores taxas de crescimento em relação ao pessoal ocupado assalariado foram as atividades de serviços (6%), administração pública (6,3%) e eletricidade e gás (9,2%).
Não tradicionais
Ainda de acordo com o IBGE, empresas não tradicionais também se destacaram, conseguindo um bom desempenho. De 2008 a 2011, as três principais atividades com maiores taxas de crescimento foram: eletricidade e gás (55,9%), construção (50,3%) e atividades imobiliárias (45,4%).