Estudo mostra o que as PMEs planejam para crescer

Posted by Clayton Teles das Merces on 29 novembro 2012 in Sem categoria |

De acordo com uma pesquisa da Economist Intelligence Unit (EIU), unidade de pesquisas da The Economist, encomendada pela SAP, pequenas e médias empresas (PMEs) em países emergentes estão crescendo e prosperando financeiramente, e reconhecem que o uso eficaz da tecnologia é uma prioridade para crescer. Por outro lado, o estudo revela que as companhias nos países desenvolvidos estão confiantes em uma retomada econômica em um futuro próximo e que todas encaram como seus principais desafios encontrar e manter novos clientes, atrair talentos e operar com eficiência.
O estudo pode ser lido na íntegra e gratuitamente no site Management Thinking da Economist Intelligence Unit, e foi realizado com o objetivo de identificar os principais obstáculos e as maiores oportunidades para o crescimento de pequenas e médias empresas no mundo. Foram entrevistados 1.072 gerentes seniores em cinco mercados desenvolvidos e em cinco mercados emergentes em todo o mundo, entre julho e agosto de 2012. As economias desenvolvidas incluídas na pesquisa são França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. As economias emergentes são Brasil, China, Índia, México e Rússia.

Todas as empresas pesquisadas reportaram receitas anuais inferiores a US$ 750 milhões – 76% com receita abaixo de US$ 250 milhões, 52% com receita abaixo de US$ 100 milhões.

No Brasil, alguns resultados se destacaram:

• 69% das empresas pesquisadas consideram prioridade para os próximos 12 meses usar a tecnologia de forma mais eficiente;

• 62% delas destacam atração e retenção de talentos como prioridade

• 31% delas colocam entre suas três principais medidas para 2013 o aumento do investimento em TI

• 50% delas consideram que as maiores barreiras para seu crescimento são a burocracia governamental e a forte regulamentação, sendo que só 10% não veem isso como barreira

• 51% delas consideram como prioridade expandir sua atuação para outros mercados

• 36% delas consideram a falta de apoio e programas dos governos para estímulo às PMEs como barreira para seu crescimento

• Entre os fatores internos das empresas pesquisadas, a inadequação ou desatualização dos sistemas internos de TI são encaradas por 71% como barreira para seu crescimento

“Os empreendedores e as PMEs contribuem fortemente com a economia brasileira. Atualmente, são responsáveis por 20% do PIB nacional e respondem por mais de 60% dos empregos existentes”, afirma a vice-presidente de vendas, ecossistema e canais da SAP Brasil, Sandra Vaz.

Questionados sobre as principais prioridades de negócio para os próximos 12 meses, os entrevistados nos mercados desenvolvidos e emergentes parecem compartilhar amplamente de objetivos similares: crescimento das vendas e dos lucros – 53% nos mercados desenvolvidos, 55% nas economias emergentes, 76% na Índia e 71% no Reino Unido. As menores parcelas foram na França, com 25%, e na Rússia, com 35%.

De acordo com a pesquisa, o mundo precisa criar mais de 500 milhões de empregos até 2020 para garantir oportunidades de carreira para os atuais desempregados e para os jovens que entrarão no mercado de trabalho. Grande parte desse desafio recairá sobre os países em desenvolvimento, incluindo o Brasil.

As PMEs pretendem cumprir seus planos de crescimento com a contratação adicional de pessoal. Dos entrevistados, 94% afirmaram que as receitas permaneceram iguais ou cresceram nos últimos três anos. Já 28% relataram aumento de mais de 10%, e 39% reportaram um crescimento de até 10%. Para os próximos 12 meses, 96% dos entrevistados esperam estabilidade ou desenvolvimento positivo na receita.

Para o próximo ano, os gerentes de PMEs em todas as economias pesquisadas disseram que a expansão dos negócios para novos mercados é uma das principais prioridades. Nos países desenvolvidos, 28% dos executivos entrevistados concordaram fortemente de que precisam entrar em mercados estrangeiros para manter a vantagem competitiva. Em comparação, 22% dos entrevistados em economias emergentes também acreditam nessa premissa.

“Os resultados da pesquisa são significativos porque revelam um elevado grau de confiança entre os gestores das PMEs de que podem registrar crescimento no período que se aproxima”, conta o editor colaborador da Economist Intelligence Unit e autor de três artigos, Christopher Watts, analisando a pesquisa online. “Dado o papel fundamental das PMEs na condução das economias desenvolvidas e emergentes, essa confiança é um sinal muito positivo”.

As principais conclusões da pesquisa são:

• Apoio do governo é crucial para o crescimento: Executivos de PMEs indicam que os obstáculos mais significativos no ambiente empresarial externo são a burocracia e as normas governamentais – 88% citam isso como um obstáculo. A crescente carga fiscal também é uma importante preocupação, atribuída por 85% deles. Executivos nos mercados emergentes são mais propensos a citar questões relacionadas ao governo e à legislação como um obstáculo do que executivos em países desenvolvidos

• Vendas e lucro são importantes prioridades de negócio: O crescimento das vendas e do lucro é citado como importante prioridade por 60% das empresas menores e por 47% das empresas de médio porte

• Obstáculos para o crescimento: De acordo com os entrevistados, os três principais obstáculos internos para o crescimento são encontrar e manter novos clientes (79%), contratar e reter pessoas com as competências adequadas (78%) e conduzir os negócios eficientemente (76%)

• Internacionalização: A maior oportunidade de negócios citada pelos entrevistados é a expansão para novos mercados ou a expansão dos mercados, sobretudo mercados com alta taxa de crescimento, como China e Brasil. E 60% dos entrevistados concordam que precisam competir em mais mercados internacionais

• Explorar a TI é crítico nos países emergentes: Tornar-se mais eficiente e usar a tecnologia de modo mais eficaz durante o próximo ano está entre as três principais prioridades dos entrevistados – 46% citaram o uso mais eficaz da tecnologia como uma prioridade de negócio. Em países emergentes, isso é especialmente importante, como na Índia (72%), Brasil (69%), Rússia (33%), China (44%) e México (33%). Dos entrevistados, 60% disseram que estão automatizando mais tarefas e funções agora do que há três anos

• Dificuldade de acesso ao capital: 56% dos executivos disseram que estão mais preocupados com as dívidas nos últimos três anos e 46% disseram que estão mais preocupados com o acesso ao financiamento. Executivos nos mercados emergentes são mais propensos do que aqueles em mercados desenvolvidos a citar essas preocupações. Entre as empresas menores, 34% afirmaram que o acesso limitado ao financiamento é um grande obstáculo, enquanto entre as empresas de médio porte, a parcela é de 23%

• Fases de crescimento dos negócios: As medidas que as PMEs estão tomando para explorar as oportunidades de negócio incluem assegurar novos financiamentos (40%), contratar especialistas externos (33%), reunir informações e dados de mercado (31%) e aumentar ou redirecionar custos de treinamento (31%).

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