Arrecadação federal cresce menos em abril, mas volta a bater recorde
Apesar de crescer menos, a arrecadação federal em abril voltou a bater recorde. Segundo números divulgados pela Receita Federal, as receitas da União somaram R$ 92,628 bilhões no mês passado, crescimento de 3,49% em relação a abril do ano passado, descontada a inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor é o maior já registrado para o mês.
Nos quatro primeiros meses de 2011, a arrecadação federal totalizou inéditos R$ 349,477 bilhões, alta de 6,28% também levando em conta o IPCA. Apesar da expansão, esta foi menor do que a acumulada até março. No primeiro trimestre, o governo arrecadou 7,32% a mais do que no mesmo período do ano passado.
De acordo com a Receita Federal, a expansão das vendas, da massa salarial e das importações influenciou a arrecadação no primeiro quadrimestre. Esses fatores contribuíram para o crescimento das receitas da Previdência Social, que subiram 8,45% no acumulado de 2012, de PIS/Cofins (+ 1,94%), e do Imposto de Importação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado a produtos estrangeiros (+15,26%), todas considerando a variação do IPCA.
Ainda influenciada pelo desempenho da economia no ano passado, a lucratividade das empresas se refletiu na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Os dois tributos arrecadaram 9,74% a mais nos quadrimestre na comparação com 2011.
A queda da produção industrial, no entanto, interferiu na arrecadação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). De janeiro a abril, o IPI cobrado sobre produtos fabricados no país (desconsiderando os importados) rendeu à Receita 6,16% menos do que no mesmo período de 2011, também considerando a inflação.