O relatório sobre a responsabilidade corporativa (RC) tornou-se uma prática comercial padrão em todo o mundo, adotada por quase três quartos (71%) das empresas, de acordo com a 8ª Pesquisa sobre Relatórios de Responsabilidade Corporativa, elaborada pela KPMG.
De acordo com o levantamento, o número de empresas que adotaram a prática de publicar relatórios de RC registrou um aumento de 7% desde 2011. Além disso, entre as 250 maiores companhias do mundo (o G250), o índice do relatório de RC é de 93%.
Segundo o levantamento, mais da metade (51%) das organizações que divulgam seus relatórios de Responsabilidade Corporativa inclui as informações em seus relatórios financeiros. Trata-se de um aumento impressionante em relação a 2011 (ano em que somente 20% divulgaram relatórios) e em relação a 2008 (quando apenas 9% fizeram a publicação).
“As organizações não deveriam mais se questionar se elas devem ou não publicar um relatório de RC. A discussão agora deve ser: ‘quais são os pontos que deveremos incluir no relatório?’ e ‘como devemos fazê-lo?'”, afirma Ricardo Zibas, gerente sênior da área de sustentabilidade da KPMG no Brasil
Segundo o levantamento, somente 22% das empresas que fazem parte do G250 estabelecem em seus relatórios um vínculo evidente entre o desempenho de RC e a remuneração dos executivos ou colaboradores.
Apenas 23% das empresas do G250 publicam um relatório bem equilibrado que apresenta os desafios e os contratempos de RC, bem como exemplos de sucesso.
Ainda segundo o estudo, as empresas europeias alcançam a média de pontuação mais alta no quesito qualidade em seus relatórios de RC em 71 de cada cem empresas. Esse número pode ser comparado com a pontuação média de 54 para as empresas nas Américas e de 50 na Ásia-Pacífico.
A KPMG apurou ainda que a maior parte dos relatórios de RC das empresas do G250 (87%) identifica pelo menos algumas mudanças sociais e ambientais (ou “megaforças”) capazes de afetar os negócios. Alterações climáticas, escassez de recursos materiais e energia e combustível são os temas mencionados com mais frequência.
Outro dado que chama atenção é que 81% das que publicam os relatórios identificam riscos em fatores sociais e ambientais.