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Agronegócio puxa mais uma vez crescimento da economia do país, diz IBGE

Com crescimento de 13% em um ano e de 3,9% em relação ao trimestre anterior, a agropecuária foi o principal destaque da economia brasileira no 2º trimestre. O setor já havia sido o principal destaque da economia do país no 1º trimestre. A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre de 2013 em relação ao trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2012, o crescimento foi de 3,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O principal destaque do agronegócio brasileiro foi o crescimento da produção de soja, que teve alta de 23,7% no 2º trimestre. A safra recorde do grão deverá ser 5,6% maior do que na colheita anterior. O volume pode chegar a 86 milhões de toneladas, informou a consultoria Agroconsult no início do mês. A produção de milho, com crescimento de 12,2% no 2º trimestre aparece logo atrás da soja como destaque do agronegócio brasileiro. Com altas de 8,4% e 2,9%, respectivamente, o feijão e o arroz também foram destaques no período.

No primeiro trimestre, a economia brasileira tinha crescido 0,6% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2012, o crescimento foi de 1,9%. O Produto Interno Bruto da agropecuária havia crescido 9,7% no 1º trimestre na comparação com o quarto trimestre de 2012, registrando a maior alta desde 1998 e sendo o maior “destaque” do período

Mantega diz que nuvem cinza começa a dissipar
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na quinta-feira (29) que o clima de desconfiança em relação à economia brasileira verificada no fim do primeiro semestre já está sendo revertido e que o país está preparado para enfrentar as turbulências dos mercados financeiros. Na visão do ministro, a queda na confiança do empresariado e consumidor foi causada por vários fatores, como inflação mais alta no início do ano, mudança na política do banco central dos Estados Unidos, manifestações em junho e “malidicências de alguns descontentes”.

“Não vamos chorar o leite derramado, vamos tocar em frente… o Brasil já apresenta resultados palpáveis, como a redução da inflação, a retomada do crescimento e o interesse dos investidores estrangeiros, tudo isso já começa a dissipar essa nuvem cinza que foi colocada sobre o nosso país”, disse o ministro durante evento, em São Paulo. Mantega reiterou que não está havendo fuga de capitais do país e que as reservas internacionais e o grande mercado consumidor interno ajudam o Brasil a enfrentar a turbulência internacional.

Crescimento em 2013 será cortado de 3% para 2,5%
A previsão de crescimento da economia brasileira neste ano será cortada de 3% para 2,5%, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na semana passada (22). O anúncio oficial, segundo Mantega, seria feito nos próximos dias.

O governo já tinha reduzido suas contas sobre a expansão brasileira em 2013. A primeira previsão era de crescimento de 4,5% e, após inúmeros estímulos dados –como corte de tributos da folha de pagamento das empresas e de incentivos ao consumo–, a economia não decolou e a projeção foi rebaixada para 3,5% em abril. Em julho, e já enfrentando os efeitos de uma crise de confiança dos agentes econômicos, a área econômica voltou a piorar a estimativa, reduzindo-a para 3%.

BC estimava crescimento de 0,89%
A estimativa do Banco Central, mostrada por meio do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), era de expansão de 0,89% em relação ao primeiro trimestre.

O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) –que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual. O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

No primeiro trimestre, por exemplo, o PIB cresceu apenas 0,6% em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE. Isso é metade do que mostrava o IBC-Br (alta de 1,22%). Em entrevista, um diretor do BC justificou a diferença, dizendo que o IBC-Br não tem a pretensão de medir o PIB, apesar de o mercado o usar como um balizamento.

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