Empresas e consumidores terão tempo para adaptação, diz Tonollier
O primeiro passo para a disseminação do uso da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) no Rio Grande do Sul foi dado ontem. Uma loja da Panvel Farmácias, localizada na avenida Goethe, em Porto Alegre, tornou-se o primeiro estabelecimento gaúcho a disponibilizar a tecnologia em caráter piloto. Nos próximos meses, outras três companhias, também integrantes do projeto desenvolvido pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e pela Receita, adotarão o modelo. “Agora começa uma fase de assimilação, de adaptação à Nota Fiscal Eletrônica”, resume o secretário estadual da Fazenda, Odir Tonollier.
Nesse sentido, Tonollier destaca que tanto consumidores quanto empresas terão tempo para se familiarizar à nova realidade. Só depois de estabelecido, o modelo passará a ser obrigatório aos comerciantes do Estado. “A ideia é que seja obrigatório em médio prazo. Primeiro o sistema precisa se consolidar”, enfatiza, sem arriscar uma data limite para a implementação em todo o varejo.
Sob o ponto de vista do consumidor, a metodologia nova impacta diretamente o rito da compra. Na primeira vez em que for adquirir algo em um local que conceda a NF-e, o cliente precisa fornecer três informações ao lojista: o nome completo, o número do seu CPF e o e-mail pessoal. Com esses quesitos é feito um cadastro do indivíduo. A partir das oportunidades seguintes, basta indicar o CPF antes de pagar.
Em cada negociação, os dados da aquisição são enviados para a Sefaz, permitindo a emissão do documento. Paralelamente, o cliente recebe, por e-mail, uma NF-e contendo uma chave de acesso com dígitos, que poderá ser consultada no site da Sefaz. Além disso, no momento de cada aquisição, o cliente receberá o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), um papel semelhante à nota fiscal tradicional. Nesse documento igualmente consta a chave de acesso e as demais informações inerentes à transação.
Ao centralizar as informações no ambiente virtual, a NF-e permite que os dados sejam acessados com facilidade, gerando maior transparência nas negociações. Além desses aspectos, os lojistas saúdam a economia com o processo. “A NF-e deixará mais simples o momento da compra e também nos trará uma redução de custos com equipamentos, pois ela não exige uma impressora específica, como ocorria anteriormente”, atesta Roberto Coimbra, diretor administrativo da Panvel. A marca estima uma redução de 50% nos custos com equipamentos, somando as 290 farmácias em operação no Estado. A meta interna é, até o final de 2012, adotar o sistema em toda a rede.