O engenheiro civil Evaldo da Silva Silvestre já tinha duas contas de poupança e abriu duas novas depois das mudanças. Ele argumentou que não acredita que a Selic fique menor do que 8,5% ao ano. “Acho que não vou perder dinheiro“, afirmou. Além da poupança, ele aplica em fundo de renda fixa, ações, imóveis e fundo de previdência.
No Sicoob, sistema de cooperativas de crédito, os recursos de poupança captados em abril no Paraná foram de R$ 455 mil. Em maio, até o dia 16, foram R$ 609 milhões.
Na opinião do gerente de captações do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), instituição financeira provedora da poupança para as cooperativas do Sicoob, Ricardo de Amorim, a poupança continuará sendo uma boa opção para a maioria dos investidores. “Por se tratar de um produto bastante popular, sem incidência de IR, com liquidez imediata e de simples movimentação, a pulverização nos investimentos deve garantir a sequência de depósitos“, afirmou.
Ainda de acordo com Amorim, a poupança continuará em vantagem sobre os demais investimentos, em alguns casos. “Para investimentos de curto prazo, (até seis meses) e quando a taxa Selic for inferior a 8,25% ao ano, a poupança, por não ter a incidência de IR para pessoa física, tende a render mais que aplicações no Tesouro Direto e em CDBs de bancos que pagarem até 94% do CDI. Esta vantagem da poupança sobre outras aplicações também acontece em prazos superiores há seis meses, caso a taxa Selic continue caindo“, explicou.
No Banco do Brasil, a média diária de captação líquida da poupança em maio (até o dia 11) foi de R$ 109,2 milhões contra R$ 33,8 milhões em abril e R$ 27,2 milhões em março. (A.B.)