Escrita Contabilidade

APAGÃO DA MÃO DE OBRA

Prezado Cliente,

Estamos compartilhando com você algumas mensagens de seu interesse que tem sido divulgadas nos diversos meios de comunicação, aproveite o conteúdo e compartilhe com outros profissionais da sua equipe.

Fique atento!

A falta de mão de qualificada, que vem preocupando vários setores no Brasil, chegou à área de profissionais de finanças e principalmente na área da contabilidade. E, ao que tudo indica isso pode ser mais complicado em terras tupiniquins.

Segundo uma pesquisa realizada pela Robert Half, uma das maiores empresas de recrutamento especializado do mundo, metade das empresas brasileiras considera a busca por talentos na área de finanças muito difícil. Em outros países, essa preocupação atinge apenas 19 por cento dos gestores. Depois do Brasil, os países que encontram mais dificuldades em preencher as vagas da área são Itália (45 por cento ) e Holanda (36 por cento ).

A procura por mão de obra especializada em finanças e contabilidade é resultado direto do aquecimento da economia brasileira, e das necessidades de mais especialização em virtude das obrigações digitais, NFe´s, SPED´s, etc. “Os melhores profissionais foram recentemente contratados ou estão sendo promovidos. Atrair essa mão de obra tem custado muito caro para as empresas”, revela Mário Custódio, especialista em recrutamento da divisão de Finanças e Contabilidade da Robert Half. “Além das mudanças, o mercado brasileiro também vive um momento de fusões e aquisições de novos negócios, investimentos de multinacionais e preparação para venda de operações, o que exige auditorias detalhadas, e profissionais cada vez mais especializados e valorizados”, acrescenta.

Cada vez mais serão necessários mais investimentos em treinamento, especialização e reciclagem dos profissionais da área com foco nas necessidades reais de trabalho. Os departamentos fiscais também estão passando por profundas mudanças e os papeis de conferentes ou digitadores, que exigiam pouca ou quase nenhuma especialização, passam a exigir mais especialização e conhecimento tributário e contábil.

A escassez de pessoas especializadas também inflacionou os salários.
Os salários do mercado contábil estão inflacionando os custos nas empresas contábeis, e especialistas estão tendo oportunidades de aumentos significativos no salário. Por isso, a disputa de executivos nessa área faz com que parte das empresas considere a retenção de talentos estratégica.

No último mês de maio de 2011, o Conselho Federal de Contabilidade publicou o resultado da primeira edição de 2011 do Exame de Suficiência para bacharéis e técnicos de contabilidade. O exame que continha questões de contabilidade geral, custos, gerencial, setor público e controladoria, além de outras áreas correlacionadas, não foi considerado difícil por especialistas. Apesar disso, o índice de aprovação foi de apenas 30,83 por cento para bacharel em ciências contábeis e 24,93 por cento para técnico em contabilidade, o que considero insatisfatório para as necessidades de mercado, porém realista para o nível em geral do ensino das escolas e faculdades de contabilidade. Para ratificar ainda mais essa avaliação, podemos comparar com o resultado obtido na última edição do exame de suficiência anterior a sua reaplicação, realizado em 2004, onde o índice de aprovação foi de 72,47 por cento para bacharel em ciências contábeis. Ainda houve casos de Estados que tiveram índice de 100 por cento de reprovação para técnicos de contabilidade.

Os números apenas expõe uma realidade: a baixa qualidade da formação dos estudantes de contabilidade, realidade essa que não deveria surpreender recrutadores de RH e empresários contábeis acostumados com a dificuldade de contratar profissionais da contabilidade habilitados. O mercado atual tem uma demanda por profissionais com habilidades e formação, que está muito longe do que as instituições têm proporcionado, podendo culminar num apagão de mão de obra qualificada para o mercado contábil em pouco tempo.

Uma pesquisa realizada em todo o Brasil pela revista Você S/A apontou que em São Paulo, conhecidamente como o centro das maiores empresas de auditoria e outsourcing contábil, o cargo de contador é o mais demandado pelos recrutadores de RH. Paralelamente um estudo realizado pelo ManPowerGroup, divulgado em maio deste ano, apontou que os profissionais de contabilidade estão entre as 10 profissões onde faltam mais profissionais qualificados, ou seja, existe uma demanda não atendida pelos profissionais que se formam.

Em iniciativa inédita através do SESCON SP empresários contábeis da região de Bauru começam também a se mobilizar para discutirem o assunto, “Falta de mão de obra qualificada e as alternativas para diminuir esse impacto.”

O SESCON-SP Regional em Bauru, por meio da UNISESCON, convida os empresários da região para debater e apresentar informações e esclarecimento acerca da falta de mão de obra qualificada e as possíveis alternativas para diminuir o problema.

A reunião foi realizada no ultimo dia 6 de dezembro.

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